Flu acelera sua inocência no caso de racismo contra Gabigol
Clube conclui rapidamente que áudio com ofensa ao atacante do Fla é inconclusivo
Uma denúncia de racismo requer, no mínimo, uma investigação séria. No Fla x Flu de domingo (6), pelo Carioca, o atacante Gabigol se disse vítima de uma dessas manifestações, alegando ter sido chamado de “macaco” por um torcedor tricolor. Rapidamente, a diretoria do Flu veio a público para ressaltar que o áudio da ofensa era inconclusivo.
O presidente do Flu, Mário Bittencourt, é um advogado com ampla militância na justiça esportiva – considerado por seus pares como uma raposa de tribunal, tal sua experiência e também a capacidade de se expressar. Sabe muito bem que seu clube está sob risco de receber punição pelo ato do torcedor.
Por isso, ele trata de desconstruir a narrativa que, tudo indica, mira o Tricolor das Laranjeiras. Embora tenha dito que o clube vai investigar o caso, já usou de uma artimanha para a defesa do Flu. Em parte, está no seu papel de presidente. Todavia, quando há um crime em questão – e essa é a suposição -, os caminhos teriam de ser pela busca, sem rodeios, dos fatos.
O Fluminense pode ser enquadrado no Artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que prevê perda de mando de campo, multa e até eliminação da competição.
Em entrevista ao Redação SporTV, nessa segunda (7), Mário Bittencourt disse ter recebido relatos de que flamenguistas entoaram cânticos homofóbicos durante o clássico, o que, se comprovado, pode determinar punição idêntica ao Flamengo.