Script = https://s1.trrsf.com/update-1731943257/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Forte Futebol vai criar estatuto próprio e já prevê blocos discutindo TV e não organizando Brasileirão

Grupo diz que Libra não quer diálogo e por isso se sentiu motivado a agir por conta própria

9 jun 2022 - 18h41
(atualizado às 18h41)
Compartilhar
Exibir comentários

Fortalecido com as entradas de Internacional e Atlético-MG, o Forte Futebol, grupo com 25 integrantes das séries A e B que não concordam com as condições sugeridas pela Libra (Liga Brasileira de Clubes), caminha para de fato se tornar uma organização própria. Seus dirigentes acertaram que criarão um estatuto com seus termos e propostas nos próximos dias.

Mário Bittencour, presidente do Fluminense, um dos líderes do Forte Futebol (Foto: Marina Garcia/Fluminense FC)
Mário Bittencour, presidente do Fluminense, um dos líderes do Forte Futebol (Foto: Marina Garcia/Fluminense FC)
Foto: Lance!

Conforme o LANCE! revelou, o encontro entre os cartolas dos integrantes do Forte Futebol realizado na quarta-feira (8), na sede da CBF, no Rio de Janeiro (RJ), distanciou ainda mais um entendimento para que a Libra assuma a responsabilidade de organizar o Campeonato Brasileiro.

Os próprios dirigentes admitem isso. Nos bastidores, alguns deles, ouvidos pelo L!, já admitem que os dois grupos formados deverão, nesse primeiro momento, apenas cuidar de negociações publicitárias, como direitos de TV e afins.

- A verdade é que a gente tentou de várias formas (uma aproximação com a Libra). Alguns presidentes do lado de cá tentou contato com o lado de lá. Algumas empresas técnicas que contratamos também buscaram discutir alguns termos e situações, mas infelizmente até o momento não conseguimos formalizar nenhum tipo de encontro. E nós precisamos também caminhar do nosso lado. Nosso grupo quer definir nossa união através da formulação de um estatuto - disse Mário Bittencourt, presidente do Fluminense e um dos líderes do Forte Futebol.

O estatuto deverá, em um primeiro momento, colocar no papel as propostas divergentes da Libra. A principal delas é a divisão de receitas (leia mais abaixo)

- Nós vamos discutir ao longo dos dias o esboço. Estamos discutindo bastante coisa. Vamos definir critérios de como achamos que deve ser feito essa divisão (de receitas). Mas nosso grupo entende que essas discussões sempre devem ser feitas sentadas à mesa e deliberadas por votação, por maioria - completou Bittencourt.

Sem demonstrar pressa, o Forte Futebol descarta que a formalização do grupo seja uma forma de pressionar a Libra. Pelo contrário. Esperam que dessa maneiras a comunicação entre as partes aconteça.

- Precisa acontecer um debate técnico sobre aquilo que um grupo acredita, o outro acredita, e encontrar um denominador comum a todos, uma divisão de receitas mais justa e igualitária no futebol brasileiro - definiu o mandatário do Flu.

Pelo lado da Libra, o sentimento continua sendo o da espera. Ao L!, Leila Pereira, presidente do Palmeiras e uma das líderes do grupo, reiterou que ainda acredita na união, mas não comentou as afirmações da Forte Futebol.

- Torço pela união de todos os clubes. Assim o futebol brasileiro poderá se fortalecer cada vez mais - disse a mandatária alviverde.

TABELA

ENTENDA TUDO SOBRE A FORMAÇÃO DA LIGA BRASILEIRA DE CLUBES:

PODER

Quem vai mandar na Libra? Essa é uma pergunta essencial para parte dos 25 integrantes do Futebol Forte. Há consenso entre Athletico, Fortaleza e Fluminense, o trio de ferro do bloco, que paulistas e Flamengo querem enfiar a entidade na marra e que haverá pouco espaço para eles na cadeia de comando, mesmo sob uma hipotética gerência empresarial com profissionais de fora.

Há reclamação por parte dos times da Segundona também. Com o estatuto da Libra como foco. Isso porque o texto prevê que os 20 integrantes da Série B tenham poder de voto de peso um ante o peso dois dados aos da Série A.

O DINHEIRO

É importante ressaltar que o Brasileirão da Libra entraria em funcionamento', digamos assim, apenas em 2025, quando vencem os atuais contratos da CBF com patrocinadores e, principalmente, a TV Globo.

Diante disso, a Liga já está acertada com a Codajas Sports Kapital (CSK), que tem o apoio do banco BTG e promete receitas na margem de até R$ 5,1 bilhões com patrocínios e direitos de transmissão.

TV

Nos bastidores, conforme o L! apurou, Amazon e Globo, dobradinha que já atua na Copa do Brasil, por exemplo, estariam de olho na Libra e demonstraram interesse na compra conjunta dos direitos.

Há ainda questões como direitos ao nome do torneio, publicidade estática nos campos de jogo, exploração da marca e TV no exterior, que aumentaria o faturamento. Segundo estudos da Liga, o Brasil tem potencial para pelo menos se igualar à França, o que deixaria o país entre as dez ligas mais valiosas do mundo.

O QUE A LIBRA DEFINIU

Em seu estatuto, a Liga definiu a divisão de 40% da receita igualmente entre todos os participantes da competição, 30% de variável por performance e 30% por engajamento.

Esse último item é definido por critérios como média de público no estádio, base de assinantes de pay-per-view, número de seguidores e engajamento em redes sociais, audiência na televisão aberta e tamanho da torcida.

FUTEBOL FORTE DISCORDA

O grupo inicialmente formado apenas pelos emergentes da Série A aponta os critérios como os principais motivos pelas suas insatisfações. Segundo eles, a própria Libra detalha que a diferença entre o campeão brasileiro e o lanterna da competição, por essa divisão, geraria um abismo de até 6,5 vezes na receita de cada um dos clubes.

O Futebol Forte quer uma cópia da divisão adotada na Premier League, da Inglaterra: 50% divididos igualmente, 25% por performance e 25% da receita nos critérios de engajamento, que poderia ser rediscutida adiante. Segundo eles, isso faria cair a diferença entre primeiro e último para 3,5 vezes, valor considerado mais justo.

SÉRIE B

A divergência atingiu a segunda divisão. Isso porque a Libra definiu em seu estatuto o repasse de 15% das receitas para a competição, podendo chegar a 20% caso os grandes caiam. Mas os clubes querem mais.

A proposta dos integrantes da Série B é de repasse de 25%. A proposta teve o apoio do Futebol Forte, que com isso angariou a adesão de 12 participantes da Segundona.

CONCORDÂNCIA

Nem todos os pontos entre Libra e Futebol Forte são de discórdia. Ambos aprovam, por exemplo, cláusulas de fair play financeiro colocadas no estatuto.

O trecho, inclusive, determinará punição aos clubes que infringirem a regra. É possível que haja perda de pontos, rebaixamento, impedimento de registro de atletas e até sanções financeiras aos que gastarem mais que o permitido pelo regulamento da competição.

QUEM JÁ É INTEGRANTE DA LIBRA

Corinthians

São Paulo

Palmeiras

Santos

Bragantino

Ponte Preta

Flamengo

Vasco

Botafogo

Cruzeiro

Novorizontino

Guarani

Ituano

QUEM INTEGRA O FUTEBOL FORTE

Athletico

América-MG

Atlético-GO

Avaí

Brusque

Ceará

Chapecoense

CSA

CRB

Coritiba

Criciúma

Cuiabá

Fluminense

Fortaleza

Goiás

Juventude

Londrina

Náutico

Operário

Sampaio Corrêa

Sport

Tombense

Vila Nova

Internacional

Atlético-MG

QUEM SÃO OS MODERADORES E AINDA NÃO APOIARAM NENHUM DOS LADOS

Grêmio

Bahia

Lance!
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade