Futebol catarinense: uma das piores fases de sua história
Em 2015, o Estado de Santa Catarina marcou época no futebol brasileiro, ao disputar a principal competição do País com quatro representantes: Chapecoense, Figueirense, Avaí, e Joinville. Anos antes, em 1991, o outro clube de peso no cenário catarinense, o Criciúma, ganhara o título da Copa do Brasil. Essa trajetória dos times locais teve outro brinde, o título da Copa Sul-Americana de 2016 pela Chapecoense.
Hoje, a realidade dos catarinenses é inversa, num claro sinal de que o futebol local vive uma de suas piores crises. Na Série A, seus dois clubes ocupam a zona de rebaixamento – Avaí e Chapecoense. Na Série B, idem, com Criciúma e Figueirense como fortes candidatos ao descenso.
O Joinville, cada vez mais no fundo do poço, foi o último colocado de seu grupo na primeira fase da Série D, sendo eliminado logo de início. Salvou-se apenas o Brusque, que abocanhou o titulo da Quarta Divisão.
Essa queda repentina dos times de Santa Catarina pode estar associada, em parte, à perda de prestígio do futebol do Estado na CBF e nas demais entidades e organizações esportivas. Desde o acidente com o voo da Chapecoense, em novembro de 2016, na Colômbia, quando morreram 71 pessoas, a situação mudou para pior para os catarinenses.
No avião, entre outros, viajava o então presidente da Federação de Futebol de Santa Catarina, Delfim Peixoto, que acumulava uma das vice-presidências da CBF. Ele não resistiu ao desastre. Sempre atento aos bastidores do futebol, o dirigente vivia na entidade reivindicando mais atenção ao seu Estado e cobrando rigor à Comissão de Arbitragem quando algum clube catarinense era prejudicado por erros dos árbitros. Hoje, há um vácuo nessa relação e isso muito provavelmente está associado ao vexame que os clubes de lá vêm protagonizando.