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Garrincha, Coutinho... Pelé teve grandes parceiros no futebol e rivais que se ajoelharam diante dele

Rei conseguiu atuar ao lado de grandes nomes do esporte por onde passou, mas foi no Santos que ele fez uma linha de respeito, assim como na seleção com Rivellino, Tostão, Jairzinho, Pepe...

29 dez 2022 - 17h01
(atualizado às 18h52)
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Pelé foi o melhor jogador de todos os tempos e era capaz de decidir partidas e campeonatos praticamente sozinho, mas teve a sorte de contar com grandes companheiros ao longo de seus 21 anos como profissional. No Santos, na seleção brasileira e até no Cosmos de Nova York, ele teve ao seu lado alguns dos maiores nomes do esporte, como Garrincha, Pepe, Rivellino, Tostão, Gerson... E grandes rivais que se ajoelharam diante de seu talento.

Em meio a tantas parcerias de sucesso, talvez a principal tenha acontecido na seleção brasileira. Dois dos maiores gênios do futebol mundial, Pelé e Garrincha atuaram juntos em apenas 40 partidas entre 1958 e 1966, mas foi o suficiente para marcarem época. Foram dois títulos da Copa do Mundo - em 1958 e 1962 - impulsionados pela dupla, que só se separou por conta da decadência de Garrincha e de algumas contusões de Pelé. Eles tiveram tanto sucesso que jamais perderam juntos: foram 36 vitórias e quatro empates.

Se quando chegava à seleção podia encontrar com Garrincha, Pelé também não podia reclamar dos companheiros que tinha no Santos. Entre 1956 e 1969, ele teve ao seu lado aquele que provavelmente seria considerado o maior jogador do clube em todos os tempos se o próprio Pelé não existisse: Pepe. Juntos, eles faturaram dezenas de títulos, incluindo dois do Mundial, dois da Libertadores, cinco da Taça Brasil, um do Roberto Gomes Pedrosa e nove do Campeonato Paulista.

Se de um lado encontrava Pepe, do outro Pelé tinha Coutinho. As famosas tabelinhas entre os dois marcaram época e ajudaram a transformar o Santos em um dos grandes clubes do mundo daquele tempo. Durante os dez anos em que atuou com a camisa santista, entre 1958 e 1968, Coutinho teve Pelé como companheiro. A semelhança física e o estilo de jogo vertical faziam com que um fosse confundido com o outro diversas vezes, mas era juntos que eles faziam a diferença.

Mais tarde, já aos 29 anos, Pelé atingiria aquele que talvez tenha sido o ápice de sua carreira, com a conquista do tricampeonato mundial no México. Naquela seleção, considerada por muitos a melhor de todos os tempos, não havia apenas um parceiro, mas pelo menos quatro. Jairzinho, Tostão, Rivellino e Gerson eram os responsáveis pelo incrível arsenal ofensivo daquela equipe.

Todos eles eram craques consagrados e camisas 10 de seus respectivos clubes, mas, na hora de inscrever a numeração na Copa, não teve discussão: a 10 ficou com o maior deles, Pelé, que tinha o respeito de todos e que também sempre soube valorizar seus companheiros. A seleção de 70 ainda é apontada como uma das melhores do mundo de todos os tempos.

Depois de tantas glórias no Brasil, Pelé aceitou o convite para promover o futebol nos Estados Unidos, atuando pelo Cosmos de Nova York. E mesmo em um mercado em fase tão inicial, ele encontrou um novo grande parceiro: o italiano Giorgio Chinaglia, considerado por muitos o maior nome da história da Lazio. Eles conquistaram o título americano de 1977, o último da carreira do craque brasileiro.

Estadão
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