Imbróglio afeta clubes da Copa do Nordeste
Competição de ouro do futebol nacional se vê no meio de impasses sobre arrecadação e distribuição de verbas
Os clubes que integram a Liga do Nordeste bateram martelo para que a entidade rompesse contrato com a empresa LiveMode, que detém a marca da Copa do Nordeste, e esperam que o destrato seja feito o mais rápido possível.
Alegaram falta de transparência no acordo entre ambas, que previa um aporte de apenas R$ 12 milhões por temporada à Liga, durante cinco anos.
Esses valores foram subdimensionados, uma vez que a expectativa de retorno da Copa do Nordeste, somente da edição de 2023, é de R$ 30 milhões. A Liga passa por um período de turbulência que já resultou na renúncia de seu presidente Alexi Portela no início de novembro.
Para aceitar a rescisão do contrato de “forma amigável”, a LiveMode exige o pagamento de R$ 20 milhões. Entre os dirigentes de clubes do Nordeste, o sentimento é de que houve no mínimo falta de visão de mercado com relação à quantia acertada entre a empresa e a Liga para explorar os direitos de venda da competição.
O Terra ouviu três desses presidentes de clubes e eles criticaram a posição de algumas federações estaduais, como a de Sergipe, que, segundo eles, estariam indo na contramão do interesse dos clubes.
O presidente da federação sergipana, Milton Dantas, chegou a participar de reunião virtual nesta quinta-feira entre a Liga e os clubes e fez lobby para que os filiados voltassem atrás e firmassem nova parceria com a LiveMode. Sua iniciativa contrariou quase todos os clubes.