É para ter medo! Boca joga para fechar fase monstruosa
Com 100% na Libertadores, Boca já põe medo em adversários sul-americanos. Será que vai atropelar?
Toda competição sul-americana em que está presente, o Boca Juniors coloca medo somente por sua participação. Nesta Libertadores, então, a tradicional equipe tem estrelas, bom futebol e uma campanha para aumentar o terror em cima dos oponentes. O time xeneize sobra na primeira fase da competição internacional e joga nesta quinta-feira contra o Palestino, em La Bombonera, para confirmar 100% de aproveitamento na fase de grupos. Mas o que mais impressiona são a facilidade nos confrontos e os números desta trajetória.
Em cinco jogos no Grupo 5 da Libertadores, são cinco vitórias. Foram 17 gols marcados contra apenas dois sofridos. No pacote, vieram duas goleadas sobre o Zamora: um 5 a 0 em casa e um 5 a 1 na Venezuela. O Boca já está classificado para as oitavas de final do torneio continental e, se vencer o Palestino, só perde a primeira posição geral se o Corinthians vencer seus dois últimos compromissos e tirar uma diferença de saldo de ao menos oito gols.
O time argentino surpreende com o início de ano. Antes da temporada, era temido, obviamente, mas não era esperada tamanha avalanche sobre os adversários. Na temporada 2014 do Campeonato Argentino, a equipe de Buenos Aires terminou a última competição – Torneio Transición – na sexta colocação, atrás de Racing, River Plate, Lanús, Independiente e Estudiantes. Mas neste ano tudo mudou. Dá só uma olhada na campanha.
Números do Boca em 2015 | J | V | E | D | GP | GC | SG | AP |
Libertadores | 5 | 5 | 0 | 0 | 17 | 2 | 15 | 100% |
Campeonato Argentino | 9 | 6 | 3 | 0 | 18 | 11 | 7 | 77,7% |
Um dos trunfos do Boca no início do ano foi a contratação de Nicolás Lodeiro junto ao Corinthians. O queridinho de Tite na pré-temporada para 2015 mostrou que talvez o técnico corintiano tinha razão. Ao chegar ao Boca, assumiu a “responsa” com a camisa 10 de Maradona. Lodeiro não tem decepcionado: é titular absoluto e importantíssimo para a campanha do Boca, com quatro assistências e um gol marcados na temporada. O início, é bem verdade, foi fulminante e o uruguaio sofreu uma queda em jogos recentes.
O meio-campista, que não foi muito bem no time paulista, foi exigência do técnico Rodolfo Arruabarrena. O treinador assumiu em agosto de 2014, após demissão do lendário Carlos Bianchi, e vê os resultados aparecerem na atual temporada. De presente, o treinador ainda ganhou o atacante Osvaldo, que deixou o futebol europeu ainda no auge e virou ídolo instantâneo de seu clube de coração.
Parte do sucesso do Boca é semelhante ao do Corinthians: a equipe xeneize consegue alternar bem a escalação entre Libertadores e Campeonato Argentino. Mesmo assim, o time de Buenos Aires já lidera o torneio local ao lado do San Lorenzo: 21 pontos ganhos e invicto.
A única ressalva a ser feita na campanha do Boca é o descrédito pelos adversários que enfrentou até aqui na temporada. Os argentinos pegaram na Libertadores um dos grupos mais acessíveis desta edição, com Montevideo Wanderers, Zamora e Palestino, do Chile. No Argentino, apenas duas vitórias foram sobre times de maior nome: 3 a 0 no Estudiantes em La Bombonera e 2 a 0 fora no Huracán. Mesmo assim, a verdade é uma só: contra os “pequenos”, o Boca cumpriu o esperado e arrasou. Quantos já não se complicaram em situações parecidas? A pergunta que fica é: quem pode parar o poderoso hexacampeão da Libertadores?