Em baixa, Tevez se questiona quanto à escolha pelo Boca
Apesar de estar de volta à terra natal, e de já ter conquistado dois títulos pelo clube de coração em seu retorno, Carlos Tevez ainda se questiona sobre a decisão tomada em meados de 2015. Quando tinha propostas vantajosas da Europa, o argentino decidiu regressar a Buenos Aires para vestir novamente a camisa do Boca Juniors.
No entanto, antes mesmo da mudança no comando técnico, Tevez já vinha reclamando das condições de trabalho no clube e do atraso de salários. Agora com Guillermo Schelotto – que jogou com o atacante em 2003 – no comando, a reivindicação é outra: a posição do setor de ataque.
“Não sou mais o Tevez de 2003. A experiência te faz jogar de outra forma. Atualmente prefiro jogar como um segundo atacante. O 9 tem a função de fazer o embate com os zagueiros e já estou crescido para isso”, disse. “Às vezes, quando as coisas não vão bem, me pergunto por que m… voltei, mas logo penso que voltei pela minha família e porque amo o Boca”, completou.
Ainda em entrevista ao canal TyC Sports, Tevez comentou os contras de ter que exercer a função de um centroavante. Com Osvaldo machucado e Calleri já negociado com a Inter de Milão, mas cedido por empréstimo ao São Paulo, sobrou para o camisa 10 comandar a dianteira do ataque xeneize.
“Eu cada vez vou me afundando mais, não agradando. Os golpes que causam dor e que antes ia embora em um dia agora dura quatro para passar. O corpo mudou, tudo custa mais. Não é mais fácil para mim, prefiro estar de segundo atacante conduzido a bola até a área”, declarou.
Na última convocação de Tata Martino, para os confrontos das Eliminatórias de 2018, Tevez foi preterido por Gonzalo Higuain, que vem ostentando artilharia na Europa com a camisa do Napoli. A fase na Bombonera parece ter afetado até a sequência com a camisa da seleção.