Copa América: curiosidades em outras participações do Brasil
A Seleção Brasileira participou de 35 edições do torneio sul-americano. Em outros textos dessa série, abordamos as presenças de mais destaque do Brasil. Mas isso não quer dizer que não houve curiosidades nas edições em que os verde-amarelos ficaram nem em segundo plano.
Já na primeira edição do torneio, em 1916, algo inusitado aconteceu: antes da partida entre Brasil e Argentina: alguns jogadores argentinos não estavam presentes. Mesmo o técnico da albiceleste remanejando o time, ainda faltavam atletas para completar a escalação. Por sorte, o torneio era na Argentina e muitos jogadores locais estavam nas arquibancadas para prestigiar o duelo. Desses, Laguna, jogador do Huracán de Buenos Aires, e Bincas foram convencidos a jogar. Por incrível que pareça, Laguna foi o carrasco dos brasileiros, fazendo o primeiro gol do 1 a 1.
Não se pode deixar de falar sobre talvez o uniforme mais inusitado da Seleção Canarinha. Em 1917, a camisa oficial do Brasil era branca, contudo era a mesma cor que os uniformes de Chile e Uruguai. Por conta disso, houve um sorteio nesses dois casos e foi estabelecido que o Brasil precisava improvisar um novo uniforme nesta segunda edição do torneio. Inusitadamente, a CBD, atual CBF, providenciou um uniforme vermelho. Mesmo a coincidência existindo, a cor escolhida não tem relação com a Revolução Russa que estava acontecendo, também, em 1917.
Contudo, também importante apontar o pior vexame do Brasil no torneio. A edição de 1923 foi a pior campanha da Seleção Canarinha na história da competição: perdeu os três jogos, fez apenas dois gols e concedeu cinco. Apenas um jogador - chamado Nilo - que marcou esses dois únicos gols do Brasil.
É incômodo relembrar desse ocorrido, mas é necessário cutucar em uma ferida um tanto recente, mais especificamente, na edição de 2001. Nas quartas-de-final, a Seleção Brasileira enfrentou a novata Honduras em sua primeira participação na competição. Muitos já davam a partida por vencida pelo Brasil. A capa da Gazeta Esportiva de 23 de julho de 2001 estampa em letras gigantes: "Hora de golear". Contudo, a Seleção Canarinha deu vexame e perdeu por 2 a 0. Muitos pediram a cabeça de Felipão, que viria a ser campeão mundial no ano seguinte.