Copa América de 1959: realeza marca presença
A 26ª edição do Campeonato Sul-Americano marcou a volta do torneio para a Argentina. Além da anfitriã, estavam presentes Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai. Com brasileiros e argentinos jogando, houve mais confusão, assim como em edições anteriores da competição, que atualmente é conhecida como Copa América. Mas nem isso ofuscou o talento do maior jogador da história, que fazia sua estreia na competição.
Um atleta de apenas 18 anos, muito habilidoso e que no título brasileiro da Copa do Mundo de 1958 tinha feito bastante barulho estava no elenco da Seleção Brasileira. Um tal de Edson. Mais conhecido pelo apelido: Pelé. O rei marcou presença no torneio e, curiosamente, foi a única vez em que participou. O melhor jogador de todos os tempos já mostrava seu poder decisivo: mesmo ainda tão novo, foi artilheiro da competição, com 8 gols.
Na última partida, Brasil e Argentina se encontraram, ambos com chance de serem campeões. Mas, como todo clássico entre essas seleções, não pode faltar uma polêmica. Os hermanos jogavam pelo empate e abriram o placar aos 41 minutos do primeiro tempo. Mas o Rei Pelé empatou aos 13 minutos da etapa final. Dentro do último minuto do duelo, a bola foi lançada para Garrincha, que correu e fintou o goleiro. No momento do drible, o juiz chileno Carlos Robles apitou o fim da peleja. Porém, nesse meio-tempo, Garrincha havia chutado a bola, fazendo com que ela entrasse mansamente na rede.
Para a tristeza dos verde-amarelos, valeu o placar no momento do apito do árbitro e a Argentina se sagrou campeã do continente pela 12ª vez. Os hermanos são novamente bicampeões, somando 12 títulos, e os brasileiros, bi-vices, mais uma vez, o oitavo no total.