Técnico da França reconhece mérito da Argentina na final da Copa e deixa futuro em aberto
A França perdeu nos pênaltis para a Argentina neste domingo pela final da Copa do Mundo de 2022. Após o jogo, o técnico Didier Deschamps lamentou o revés, mas destacou o mérito dos adversários.
"Durante 60 minutos, não jogamos. O adversário mostrou muita qualidade, agressividade, não estivemos estivemos bem por motivos diversos. Apesar de tudo, voltamos do nada revertendo uma situação muito complicada, isso é o que nos dá ainda mais pesar. Mas dou os parabéns a esta equipa argentina, que mostrou qualidade, agressividade, até astúcia, esperávamos e isso não deve tirar-lhe o mérito", disse.
O comandante afirmou que vários jogadores da seleção francesa não estavam em plenas condições para entrar em campo, porém evitou criar desculpas. Às véspera da decisão, o elenco dos Bleus foi atingido por um surto de gripe.
"São vários os motivos que nos levaram a perder, com menos energia em vários jogadores importantes. Apesar de tudo, com a entrada de jogadores jovens, certamente com menos experiência mas com frescura e qualidade, fizemos o que era preciso para nos darmos o direito de sonhar. Mas o sonho não se concretizou", comentou.
"Todo o grupo foi submetido a isso (gripe), não sei qual é o impacto físico ou psicológico. Mas para os jogadores que começaram, não tive preocupações. Também pode ser a sequência de partidas. Não são desculpas, mas não tivemos o dinamismo que tivemos até agora. É por isso que não houve jogo por uma hora", ampliou.
Por fim, Deschamps evitou falar sobre o seu futuro. A tendência é que o treinador não siga no comando da seleção francesa.
"Mesmo que o resultado fosse o contrário, eu não teria dado a resposta hoje. Estou muito triste pelos meus jogadores, pela minha comissão técnica. Como você sabe, terei um encontro marcado com meu presidente no início do ano e você saberá", finalizou.
A seleção francesa perdeu a chance de conquistar a sua terceira Copa. Os franceses levantaram o troféu em 1998 e 2018. Os europeus, aliás, não conseguiram igualar Itália (1934 e 1938) e Brasil (1958 e 1962), que são os únicos bicampeões consecutivos.