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Futebol Internacional

Bicampeão da Bundesliga com o Dortmund, Felipe Santana exalta Reus e detalha festa em caso de novo título: 'Regada a cerveja'

Zagueiro brasileiro teve passagem histórica pelo clube alemão

26 mai 2023 - 20h07
(atualizado às 20h57)
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O brasileiro Felipe Santana conquistou dois títulos do Campeonato Alemão com a camisa do Borussia Dortmund e está na torcida para que a equipe de Edin Terzic saia da fila de 11 anos e vença a nona Bundesliga, neste sábado.

Foto: Lance!

Em entrevista ao LANCE!, o veterano de 37 anos elogiou a "Muralha Amarela", exaltou Marco Reus, com quem jogou em 2012/2013, contou os bastidores de sua passagem sob comando de Jurgen Klopp e detalhou como deve ser a festa em caso do fim do jejum.

ANSIEDADE EM DORTMUND

Felipe Santana disse que ganhar é bom, mas vencer do Bayern de Munique é ainda mais especial por conta da hegemonia da equipe bávara na Alemanha. O zagueiro acredita que os torcedores presentes no Signal Iduna Park estão muito ansiosos e que devem preparar uma linda festa para o duelo diante do Mainz.

- É sempre especial vencer a Bundesliga não estando no Bayern. Jogar em Dortmund, respirar aquela torcida e ser campeão é especial. Eu acredito que os torcedores estejam muito mais ansiosos (do que em relação ao período em que o brasileiro foi campeão). Conversei com amigos e a cidade está em febre. Torcedores me mandam mensagens nas redes sociais perguntando se eu consigo ingressos. A maior surpresa será saber qual será a coreografia que eles irão aprontar já que existe a chance de quebrar a hegemonia do Bayern após 11 anos.

O brasileiro também afirmou que o Dortmund não pode dar chance ao azar quando se trata de uma "final", ainda que indireta, com o Bayern de Munique. Em caso de tropeço da equipe de Edin Terzic, os bávaros podem vencer o Campeonato Alemão com uma vitória simples sobre o Colônia.

- O Dortmund entra sabendo que precisa vencer. O Bayern entra sabendo que precisa vencer e torcer para o Dortmund tropeçar. A gente fica pensando em tudo, olha para o telão e torce para o gol sair o mais rápido possível. A partir do momento que você faz o primeiro (gol), já tira a pressão, o nervosismo. Quando se trata de Bayern, a gente tem que assassinar. Não tem como deixar a cobra viva, pois se você deixar, ela pode te picar.Torcida do Dortmund prepara grande festa para o jogo contra o Mainz, neste sábado (Christof STACHE / AFP)

JURGEN KLOPP E MARCO REUS

O defensor também repassou as conquistas da Bundesliga 2010/2011 e 2011/2012, ambas sob comando do técnico Jurgen Klopp. Segundo Felipe Santana, o treinador teve um papel fundamental na reconstrução da equipe e exaltou a montagem do elenco, que misturou atletas experientes com jovens.

- Ele foi peça fundamental. Apesar de ser uma pessoa muito enérgica na beira do campo, foi fundamental. Não tem porque não dar esses louros para ele, pois conseguiu montar um quebra-cabeça muito difícil. Ele manteve jogadores que eram tidos como autoridades e que não poderia simplesmente mandar embora, mas também teve o tato de subir jogadores que pediam passagem e que tinham muita qualidade técnica, como Gotze, Kagawa e Lucas Barrios.

O veterano contou sobre o comportamento bipolar de Jurgen Klopp com o elenco, mas também fez questão de elogiar Zeljko Buvac, que foi auxiliar técnico do atual comandante do Liverpool até 2018 em 17 anos de parceria.

- Ele sempre interagia, sempre brincava. A gente dizia que ele era bipolar, pois uma hora estava brincando e em outra estava bravo. Ele conseguia mudar de uma situação para outra rapidamente. Estar brincando e no segundo seguinte estar gritando para que a gente tentasse executar os pensamentos que ele e a comissão gostariam que a gente desenvolvesse. Acredito que Zeljko Buvac, seu auxiliar, também foi parte essencial, principalmente na questão técnica. O Klopp era um cara muito mais mental do que tático. Tinha seu lado tático, mas ele conseguia pegar o lado mental e tirava da gente o que precisava para certas situações.

Além dos elogios ao ex-treinador, Felipe Santana falou com muito carinho sobre Marco Reus, um dos jogadores mais emblemáticos da história do Borussia Dortmund, mas que ainda não teve a oportunidade de conquistar uma Bundesliga. O camisa 11 foi contratado justamente após o bicampeonato e está em busca de seu primeiro troféu de Campeonato Alemão.

- Eu fico muito feliz pelo Reus, que tem uma história de dedicação pelo Dortmund. É o título que falta para ele entrar no hall dos jogadores especiais do clube. Ele sente um pouco, pois toda a sua geração foi mágica e ele era o único que não tinha o título. A gente fica feliz por ele estar chegando nesse local, que ele consiga entrar no espaço dos campeões.Marco Reus busca seu primeiro título de Bundesliga na carreira (Foto: INA FASSBENDER / AFP)

DETALHES DA FESTA E COMPARAÇÃO DE GERAÇÕES

Felipe Santana deu detalhes de como deve ser a festa do Dortmund em caso de títulos e que Borsigplatz, famosa praça em que os troféus do clube são comemorados com seus torcedores, deve receber cerca de um milhão e pessoas em caso de triunfo sobre o Mainz.

- A festa será regada a muita cerveja. Os estoques já estão reservados. E as brincadeiras acontecem. Aquele troféu é muito pesado e ninguém quer ficar com ele. Ao mesmo tempo em que você quer beber, aquele troféu chega na sua mão, você tira a foto e passa para outro. Brinquei com Zorc (diretor esportivo do Dortmund) e disse: "Vencemos o primeiro. Você lembra o que eu disse na minha primeira entrevista no Dortmund? Me perguntaram qual era meu objetivo, disse que queria ser campeão e você disse para o tradutor para eu não falar aquilo. E aqui estamos nós". E ele brincou: "E agora, Telê? (apelido em homenagem ao Telê Santana)". Eu disse que queria mais um e ele falou que eu nem tinha terminado de comemorar o primeiro.

Embora tenha rasgado elogios a Jude Bellingham, a principal referência técnica do atual Borussia Dortmund, o brasileiro afirmou que sua geração levaria a melhor em um hipotético confronto que talvez seja possível de ser realizado apenas em jogos de videogame.

- Eles não conseguiriam ganhar da gente não. Nosso time era muito bom. Tinha Gundogan, que é capitão do Manchester City, Reus, Gotze, que marcou gol em final de Copa do Mundo. Dificilmente você vai encontrar um jogador com a qualidade de Sven Bender. Acredito que com toda a mídia que tem hoje, ele seria comparado com Kanté. Nesse mano a mano, o Borussia da minha época levaria a melhor.

Neste sábado, o Dortmund recebe o Mainz no Signal Iduna Park, às 10h30 (horário de Brasília). No mesmo horário, o Bayern de Munique visita o Colônia visando manter a hegemonia da Bundesliga, mas depende de um tropeço da equipe de Edin Terzic.

Lance!
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