Sampaoli vê protestos no Chile como exemplo para América do Sul
O técnico Jorge Sampaoli, nascido na Argentina, teve uma longa passagem pelo Chile. Na tarde de sábado, após o empate sem gols contra o Corinthians, o comandante do Santos não hesitou ao ser questionado sobre os recentes protestos no país e manifestou apoio incondicional.
Insatisfeitos com as condições de vida, principalmente com a desigualdade social, os chilenos vêm promovendo manifestações maciças nos últimos dias. Na sexta-feira, mais de 1 milhão de pessoas foram às ruas para exigir a implementação de reformas sociais profundas por parte do governo de Sebastian Piñera.
"Valorizo muito a reação do povo chileno depois de tanto tempo de opressão. É um exemplo para toda a América do Sul por lutar contra o neoliberalismo que provoca que haja cada vez mais pobres, gente totalmente esmagada. A rebelião contra os setores do poder que só pensam nisso é admirável para toda a América do Sul", disse Sampaoli.
No comando da Universidad de Chile, o treinador foi campeão nacional e ganhou a Copa Sul-Americana 2011. Pela seleção local, o treinador argentino participou do Mundial 2014 e ainda conquistou a histórica Copa América 2015, realizada no próprio país.
"A verdade é que estou orgulhoso do povo com o qual convivi por tanto tempo e que me deu tantas alegrias. Tomara que isso seja um passo adiante para terminar com a opressão dessa gente que está gerando muita incomodidade aos que menos têm", declarou.
Com 52 pontos, o time treinado por Sampaoli permanece na terceira posição do Campeonato Brasileiro, atrás de Flamengo (64) e Palmeiras (54), que ainda jogam neste domingo. Pela 29ª rodada, o Santos entra em campo para encarar o Bahia às 19h15 (de Brasília) de quinta-feira, no Estádio da Vila Belmiro.