'Jogava bola descalço, perto do crime', relembra Vini Jr. após ser eleito melhor do mundo
Camisa 7 do Real Madrid agradeceu ao Flamengo, clube que o revelou
Vinícius Júnior relembrou o passado ao conquistar o prêmio de melhor jogador do mundo da Fifa na tarde desta terça-feira, 17. Nascido em São Gonçalo (RJ), o hoje camisa 7 do Real Madrid chegou ao Flamengo ainda na infância, deixou o Brasil aos 18 anos e conquistou a Europa com seus dribles e gols.
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“Não sei por onde começar. Era tão distante que parecia impossível chegar até aqui. Era uma criança que jogava bola descalço nas ruas de São Gonçalo, perto da pobreza e do crime. Poder chegar aqui é muito importante para mim. Estou fazendo por muitas crianças, que acham que tudo é impossível, que não podem chegar até aqui”, disse o novo melhor jogador do mundo no palco da cerimônia em Doha, no Catar.
Em meio às lembranças do passado, Vini olhou para o futuro e disse que quer permanecer por mais anos no Real Madrid: “Quero seguir jogando no Real Madrid, que é o maior clube do mundo”. O próximo jogo, aliás, é já nesta quarta-feira, 18, contra o Pachuca, do México, pela final da Copa Intercontinental.
O discurso emocionante também contou com agradecimentos aos familiares, companheiros de Real Madrid e da Seleção Brasileira e, claro, ao Flamengo, “clube que me colocou no campo e nas ruas”, como completou o craque.
Em sua temporada dos sonhos, Vini esteve em campo em 49 partidas e balançou as redes 26 vezes (24 pelo Real Madrid e duas pelo Brasil), além de ter contribuído com 11 assistências (nove pelo Real). As atuações levaram o clube espanhol Supercopa da UEFA, La Liga, Supercopa da Espanha e da Liga dos Campeões da Europa.