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Eurocopa

Espanha elimina França com genialidade de Yamal, vai à final da Eurocopa e deixa lição ao Brasil

Jovem de 16 anos faz golaço, quebra mais um recorde e é decisivo para vitória de virada dos espanhóis por 2 a 1 sobre os franceses

9 jul 2024 - 18h08
(atualizado às 18h12)
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Se Dorival Júnior tem cautela em excesso na seleção brasileira para usar Endrick e convocar outros jovens, como Estêvão, porque "um erro pode ser fatal", na Espanha, jogam os melhores, independentemente da idade. Foi Lamine Yamal, o melhor e mais novo dessa talentosa geração, o protagonista da classificação da seleção espanhola, que eliminou a França ao ganhar do rival por 2 a 1 nesta terça-feira, em Munique, e avançou à final da Eurocopa.

Campeã em 1964, 2008 e 2012, a Espanha passou porque joga o melhor futebol da Eurocopa e vai atrás de seu quatro troféu europeu. Na final, enfrentará Holanda ou Inglaterra, que decidem quem será o outro finalista na quarta-feira, em Dortmund. A decisão está marcada para o próximo domingo, às 16h (de Brasília), no Estádio Olímpico de Berlim.

Habituado a quebrar recordes, Yamal já era o mais jovem a disputar uma Eurocopa na história e também a dar uma assistência - é o maior garçom do torneio, com três passes para gol. Nesta terça-feira, a quatro dias de completar 17 anos, o meia-atacante virou também o mais novo a marcar um gol na competição entre seleções mais importante da Europa.

Yamal derrubou o recorde de duas décadas que pertencia a Johann Vonlanthen, ex-atacante colombiano naturalizado suíço que balançou a rede com 18 anos e 141 dias, na edição de 2004 da Eurocopa.

Quando a França estava melhor e vencia por um gol de vantagem, marcado por Muani de cabeça, aos oito minutos de jogo após assistência de Mbappé, Yamal, tão novo quanto ousado e atrevido, decidiu para os espanhóis e liderou a virada, consumada em quatro minutos.

O astro do Barcelona se desmarcou e, da entrada da área, acertou um lindíssimo chute perto do ângulo para empatar a partida aos 20 minutos. Aos 24, ele começou a jogada pelo meio que terminou no segundo gol, marcado por Dani Olmo. O meio-campista camisa 10 da Espanha deu uma finta seca em Tchouaméni e bateu forte, cruzado. A bola desviou em Koundé, que tentou tirar, mas viu ela morrer no fundo das redes.

O árbitro, inicialmente, deu o gol contra para o zagueiro francês, mas mudou sua decisão depois e Olmo foi identificado com o autor do gol que levou os espanhóis a uma final de Eurocopa depois de 12 anos.

Liderada por Mbappé, que se apresentou bem, mas não fez a mais brilhante de suas apresentações, a França insistiu no primeiro e no segundo tempo. Encontrou espaços, criou chances e se valeu de todos seus recursos para ao menor empatar a partida e forçar a prorrogação.

A Espanha, porém, foi competente para segurar o resultado que conquistou na primeira parte da etapa inicial. Fechou-se com inteligência, irritou os franceses ao dar cadência ao jogo e "cozinhar" o adversário, fazendo o tempo passar. Liso, Yamal foi importante para segurar a bola nos minutos finais até ser substituído nos acréscimos e ser aplaudido de pé pelos torcedores presentes em Munique.

A França, campeã mundial em 2018 e vice em 2022, tão acostumada a decisões e quase imbatível em jogos de mata-mata, enfim conheceu uma eliminação. Caíram os franceses porque a Espanha, dona da defesa menos vazada e do ataque mais goleador, joga o melhor futebol da competição. Fica a lição à seleção brasileira, que tem jogado há muito tempo um futebol pobre e covarde.

Estadão
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