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Eurocopa

Itália vence Áustria na prorrogação e avança às quartas de final da Eurocopa

Chiesa e Pessina marcam no tempo extra, e Kalajdzic diminui, mas austríacos não conseguem empate

26 jun 2021 - 19h23
(atualizado às 19h23)
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Amplamente favorita para avançar às quartas de final da Eurocopa, neste sábado, a Itália suou para confirmar a ida à próxima fase ao vencer a Áustria por 2 a 1, em um embate duro neste sábado. Diante de um público de pouco menos de 20 mil torcedores no tradicional estádio de Wembley, na Inglaterra, a equipe de Roberto Mancini penou para vencer os adversários, tendo que enfrentar a prorrogação.

Mas as mudanças do treinador italiano e o ânimo empregado pelos reservas, depois do tempo regulamentar, foram decisivos para o resultado final. Chiesa e Pessina vieram do banco e fizeram os gols da vitória na prorrogação.

Campeã da Eurocopa em 1968, a Itália ressurgiu como potência nesta edição: foi a melhor seleção da fase de grupos e atingiu o recorde histórico de 1145 minutos sem tomar gols, mesmo tendo o placar descontado durante a prorrogação. O número anterior pertencia à temida seleção da década de 1970.

O primeiro tempo foi de domínio absoluto da Itália, mostrando o favoritismo que a seleção tinha sobre a Áustria, como admitiu o próprio técnico adversário Franco Foda ao dizer que os jogadores de seu país só tinham 10% de chances para surpreender.

E, realmente, o domínio foi proporcional ao que o treinador austríaco previu. A Itália envolveu os rivais em seu campo de ataque e teve grandes oportunidades para liquidar a partida já nos primeiros 45 minutos.

A Áustria, pressionada durante boa parte do tempo, mal reagiu e o goleiro Donnarumma pouco trabalhou.

A Itália veio muito bem com o volante Varella, aos 16 minutos, que chutou de primeira ao receber cruzamento do lateral-esquerdo Spinazzola. No lance, Bachman fez bela defesa com o pé.

Aos 31, o atacante Imobbile foi o protagonista da chance mais clara da partida, carimbando a trave em um bonito chute de fora da área. E momentos antes do apito final fez jogada individual pela esquerda e acertou um chute que fez Bachman se esticar para jogar a bola para escanteio.

Um primeiro tempo de uma Itália com gana e vontade de golear e uma Áustria totalmente acuada, sem escapatórias para um contra-ataque ou qualquer oportunidade mais acentuada.

Na volta do intervalo, os italianos voltaram mais dispersos e deram espaços para os austríacos, finalmente, incomodarem. Aos 20 minutos, depois de equilibrar mais o confronto, abriram o placar com Arnautovic, mas, ao analisar o lance, o VAR identificou irregularidade por causa de um impedimento e o juiz anulou o gol.

Depois do susto, o técnico Roberto Mancini trocou a dupla de volantes Barella e Verrati por Pessina e Locatelli para tentar reativar os ânimos. O comportamento de sua equipe não mudou muito, permanecendo um jogo sem tanto brilho em relação à primeira etapa.

Os italianos pareciam cansados do ritmo, por isso Mancini, vislumbrando a prorrogação, aproveitou para substituir alguns atletas. Segundo tempo também sem gols e tudo igual em Wembley.

Para a prorrogação, a energia dos reservas parecia ser a última combustão necessária para a Itália voltar a comandar a partida. E foi o que aconteceu, levando aos gols que definiram o jogo.

Aos 5 minutos do primeiro tempo da prorrogação, Spinazzola, um dos jogadores com maior participação nas jogadas de perigo da Itália, achou Chiesa em um belo lançamento. O atacante dominou de cabeça, fintou um adversário e mandou de canhota para as redes de Bachmann.

Aos 14, veio o segundo, com Pessina, em finalização de chute cruzado após um passe improvável de Acerbi, caído ao chão.

A Áustria descontou o placar com Kalajdzic, que fez um bonito gol de peixinho, após cruzamento em escanteio. O gol foi responsável por acabar com a ampliação do recorde de defesa vazada da Itália, depois de mais de 1145 minutos sem ter as redes balançadas.

Apesar disso, a Itália segurou o resultado e confirmou, com suor e mais dificuldade do que o previsto, a vitória e a ida às quartas de final da Eurocopa.

Estadão
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