Fifa processa empresa por revenda de ingressos da Copa
Site da Viagogo ainda está comercializando entradas para os jogos, incluindo a abertura, pelo dobro do preço original
A Fifa anunciou nesta terça-feira que está processando a empresa Viagogo por vender, de forma não autorizada, ingressos para a Copa do Mundo da Rússia. A entidade máxima do futebol, que se reserva o direito de vender os bilhetes para o Mundial de forma exclusiva, alegou que está tentando evitar a comercialização de entradas com sobrepreço. O torneio começa no dia 14 de junho.
Em comunicado, a Fifa explicou que, junto com parceiros, está entrando na Justiça da Suíça contra a empresa por conta de "conduta de negócios opaca e enganadora" no que a entidade chama de "mercado secundário", uma vez que as vendas acontecem oficialmente apenas pelo seu site.
Segundo a Fifa, a ação judicial "se baseia numa infração da lei de competição injusta contra a Viagogo AG, com o apoio da Procuradoria de Genebra". A entidade não revelou quem são os parceiros que entraram juntos na ação na Justiça local.
"O maior objetivo da Fifa na luta contra o mercado secundário de ingressos é priorizar a segurança dos torcedores e reforçar um justo procedimento de venda de bilhetes para a Copa do Mundo", informou a Fifa, no comunicado. A entidade avisou que poderá cancelar ingressos comprados através de outras plataformas se conseguir identificar a origem dos bilhetes.
Nesta terça-feira, o site do Viagogo ainda vendia ingressos para o Mundial da Rússia, incluindo lugares para o jogo de abertura, no dia 14. O preço é mais do que o dobro do original, na plataforma oficial.
Um bilhete da categoria 3, por exemplo, custa 474 francos suíços (cerca de R$ 1,8 mil) no site, para o jogo de abertura, entre Rússia e Arábia Saudita. No site da Fifa, este mesmo ingresso - o mais barato para torcedores que não são russos -, custa o equivalente a R$ 825,00.
"Os preços são definidos pelos vendedores (dos bilhetes) e podem estar mais baixos ou mais altos que o valor de face. Os preços não incluem reservas ou taxas de entrega", avisa o Viagogo em seu site. A agência de notícias Associated Press entrou em contato com a empresa, mas não obteve uma resposta sobre a ação judicial da Fifa.