Fifa e Uefa de olho em intervenção do governo espanhol na Federação de Futebol
Principais entidades do futebol podem agir se entenderem que há interferência política. Clubes e seleção podem sofrer punições
A situação em torno do futuro da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) está cada vez mais complicada. A decisão do Conselho Superior de Esportes de criar uma comissão de supervisão, normalização e representação para orientar a RFEF em resposta à crise de identidade incomoda as principais entidades do futebol. Dessa maneira, Fifa e Uefa emitiram um comunicado em conjunto nesta quinta-feira (25) para afirmar que estão "acompanhando de perto, com grande preocupação, a situação em torno da RFEF".
No entanto, a imprensa espanhola afirma que, independentemente do que o Comitê Diretivo do Conselho Superior de Esportes (CSD) decida, a possível intervenção do governo, como alguns sugeriram, não é tão simples.
Isto porque as regras do futebol protegem o esporte em si contra a interferência dos políticos ao decidir e tomar o controle dos órgãos dirigentes. Em muitas ocasiões, times e seleções foram proibidos de competir devido à presença de políticos nos cargos de liderança e tomada de decisões.
De acordo com informações do jornal espanhol 'Marca', o desenrolar dos acontecimentos pode ser prejudicial para o futebol da Espanha. Isto porque a participação da seleção espanhola na Eurocopa e dos clubes nas competições europeias da próxima temporada estaria seriamente ameaçada.
Comunicado conjunto da Fifa e Uefa
A Fifa e a Uefa emitiram uma declaração conjunta sobre a RFEF nesta quinta-feira. Dessa maneira, as entidades expressaram a preocupação sobre a situação que poderia afetar tanto a seleção quanto os clubes no aspecto esportivo.
"A Fifa e a Uefa estão acompanhando de perto, com grande preocupação, a situação em torno da RFEF. Ambas buscarão informações adicionais para avaliar até que ponto a nomeação pelo CSD da chamada 'Comissão de Supervisão, Normalização e Representação' pode afetar a obrigação da RFEF de administrar seus assuntos de forma independente e sem interferências governamentais indevidas. Não temos mais comentários a fazer no momento", diz o comunicado.
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