Itália investiga Lazio por restrição de mulheres em estádio
Torcida organizada do clube impediu que torcedoras ocupassem as dez primeiras fileiras de setor no Estádio Olímpico, em Roma
A Procuradoria da Federação Italiana de Futebol (Figc) abriu nesta terça-feira (21) uma investigação contra a Lazio sobre uma ação de torcedores organizados para proibir a presença de mulheres nas dez primeiras fileiras de seu setor no Estádio Olímpico, em Roma, no último sábado (18).
Na ocasião, durante a partida contra o Napoli, pela primeira rodada da Série A, a torcida organizada da Lazio distribuiu folhetos pedindo para que nenhuma mulher ocupasse as cadeiras mais próximas do gramado na curva norte, pois o local seria "sagrado" para os ultras.
De acordo com o diretor da Figc, Michele Uva, o caso "certamente terá consequências disciplinares" contra a Lazio. Entre as possíveis sanções estão pagamento de multa, jogar com portões fechados ou, nos casos mais extremos, perda de pontos no campeonato.
Na última segunda (20), em entrevista à ANSA, o diretor de comunicação da Lazio, Arturo Diaconale, já havia lamentado a possibilidade de o clube novamente ser "prejudicado" por conta de seus torcedores organizados.
Em uma das ocasiões, o time da capital precisou pagar uma multa de 50 mil euros após torcedores espalharem adesivos antissemitas no Olímpico. Já em outro episódio, o clube biancoceleste precisou disputar duas partidas da Série A com portões fechados na curva norte por causa de coros racistas.
Após a derrota para o Napoli, o próximo compromisso da Lazio será no sábado (25), contra a Juventus, no confronto com o time de Cristiano Ronaldo.