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Futebol Internacional

Governo britânico negocia retorno das competições esportivas

Premier League, organizadora do Campeonato Inglês, faz planos de tentar recomeçar jogos a partir de 8 de junho

25 abr 2020 - 11h07
(atualizado às 12h30)
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O governo britânico intensificou o planejamento com entidades esportivas a respeito da retomada dos eventos assim que as medidas de isolamento social, impostas em razão do novo coronavírus, começarem a ser relaxadas no país.

Virgil Van Dijk acredita no potencial do Liverpool para dominar a Premier League (Foto: Divulgação)
Virgil Van Dijk acredita no potencial do Liverpool para dominar a Premier League (Foto: Divulgação)
Foto: Gazeta Esportiva

Médicos do governo estão envolvidos nas conversas sobre logística e procedimentos de saúde necessários para permitir que as competições esportivas sejam reiniciadas com segurança.

A Premier League, organizadora do Campeonato Inglês, teve seus últimos jogos disputados em 9 de março e faz planos de tentar recomeçar a partir de 8 de junho, depois que as regras de distanciamento social forem suavizadas, permitindo que os treinamentos das equipes sejam retomados possivelmente em maio. A expectativa é que haja testes de covid-19 disponíveis para os clubes em boa quantidade.

O "lockdown", isto é, suspensão total das atividades, foi prorrogado até 7 de maio na Grã-Bretanha, sexto país com o maior número de pessoas infectadas pela covid-19 no mundo. São mais de 144 mil casos da doença registrados até este sábado, com quase 20 mil mortes.

Apesar de Liverpool, Tottenham e Bournemouth terem desistido de usar o programa do governo para pagar salários dos funcionários, o Norwich manteve sua decisão e colocou alguns funcionários no plano para a retenção de empregos do governo durante o surto do coronavírus.

Os profissionais são colocados de licença e recebem 80% de seus salários do governo britânico, até um máximo de 2,5 mil libras (aproximadamente R$ 16,8 mil) por mês.

O Norwich é um dos poucos clubes do Campeonato Inglês a adotar a medida. O outro é o Newcastle. As agremiações que voltaram atrás e desistiram de fazer uso do programa governamental tomaram essa decisão em razão das fortes críticas que receberam.

"A decisão que tomamos foi no melhor interesse do clube e de seus funcionários. Temos sido muito transparentes em termos de autofinanciamento", disse o diretor operacional de Norwich, Ben Kensell, em entrevista à Rádio Norfolk.

"Em última análise, se tivéssemos o fluxo de caixa disponível para não precisar adotar esses esquemas, como outros clubes de futebol, nós faríamos", emendou.

O Norwich, lanterna do Campeonato Inglês, estima uma perda de 18 a 35 milhões de libras (R$ 124 a 242 milhões) devido à paralisação das competições provocada pela pandemia do novo coronavírus. Restam nove rodadas do torneio nacional a serem disputadas.

Até aqui, poucos clubes anunciaram redução de salários dos seus jogadores e comissão técnica. A maioria dos atletas rejeita a ideia de perder parte dos seus vencimentos. Dos principais clubes ingleses, a adotar a medida foi o Arsenal, que acertou a redução dos salários do elenco e do técnico Mikel Arteta em 12,5%. O clube deixou aberta a possibilidade de o valor voltar a ser pago no futuro, como premiação por bom desempenho esportivo.

Estadão
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