Grécia aprova lei contra violência em estádios de futebol
O parlamento da Grécia aprovou nesta quinta-feira uma lei que pretende pôr fim à violência e à corrupção no futebol, por meio do aumento de controle de acesso aos estádios e mais transparência nas comissões disciplinares.
A lei obriga as equipes a instalar câmeras de segurança nos estádios, além da entrada eletrônica, que permite identificar o comprador e a localização na arquibancada. As equipes cujos estádios não cumprirem essas duas condições terão que jogar em seus estádios com portões fechados a partir da próxima temporada.
A lei também introduz o direito do ministro de Esportes de suspender rodadas ou decretar a realização de jogos com portões fechados em caso de distúrbios graves, assim como impor multas aos clubes responsáveis, que vão de 10 mil a 1 milhão de euros.
Além disso, a lei estipula que as comissões disciplinares da federação grega antidoping (EPO) serão compostas por juízes profissionais nomeados a partir de uma lista preparada pela procuradoria. Até agora, eram escolhidos juízes aposentados, alguns dos quais estão sob suspeita de manipulação de resultados de partidas.
A Justiça grega investiga atualmente 50 pessoas entre membros de comissões disciplinares, conselho de administração da EPO, árbitros e presidentes de equipes por participação em organizações criminosas.
A lei foi aprovada após cinco semanas de negociação entre o ministro adjunto de Esportes, Stavros Kondonis, e a Uefa, que certificou que o texto cumpre tanto seus requisitos como os da Fifa, e evita assim a suspensão da EPO, que terá que adequar seus estatutos aos das duas entidades.
A lei foi anunciada após a suspensão de duas rodadas do Campeonato Grego em fevereiro e a realização das duas seguintes com portões fechados por causa de graves incidentes provocados por torcedores no clássico entre Panathinaikos e Olympiakos.
Duas semanas depois, foi suspenso o jogo pela Copa da Grécia entre Olympiakos e AEK, também por incidentes provocados por torcedores.