Guiné goleia na Copa Africana, faz história e ganha 'bicho' de R$ 1 milhão
Vice-presidente de Guiné Equatorial disse que daria prêmio de R$ 250 mil por cada gol sobre a gigante Costa do Marfim. Os nanicos meteram 4 a 0
Na manhã desta segunda-feira, 22, o vice-presidente de Guiné Equatorial, Teodoro Nguema Obiang Mangue, conversou com os jogadores da seleção de seu país. Poucas horas depois, eles enfrentariam, pela terceira rodada do Grupo A da Copa Africana-2024, a Costa do Marfim. Simplesmente a anfitriã da competição.
Teodoro estava ciente da missão duríssima contra um gigante duas vezes campeão continental, cheio de astros. Afinal, sua Guiné Equatorial é quase incipente no futebol. Pra se ter ideia, o craque do time, Nsoe, joga na quarta divisão da Espanha (Intercity). O país só é lembrado no mapa do futebol por ter sido sede do torneio em 2015 e terminou em 4º lugar. Teodoro, então, veio com a novidade:
"A cada gol que fizermos neste jogo contra a Costa do Marfim, vocês dividirão um prêmio de 50 mil euros (R$ 250 mil)", disse, Tpedoro, com o aval do presidnete Obiang Nguema Mbasogo.
Os jogadores olharam incrédulos. Mas sabiam que poderiam ter algum sucesso. Com quatro pontos, contra três da Costa do Marfim, a vaga à próxima fase estaria assegurada desde que o time perdesse de pouco. E, se na estreia já tinham segurado um gigante, a Nigéria (1 a 1), por qual motivo não sonhar? Horas depois, ao fim da partida, era o mundo que estava incrédulo: Guiné 4 a 0. E os 23 jogadores do elenco vão dividir um "bicho" de R$ 1 milhão.
Guiné é dominada, mas goleia
O jogo é daqueles que os números enganam. A Costa do Marfim teve 69% de posse de bola. Guiné, 39% e errando demais: 69% de passes certos, sendo que o razoável é media na casa dos 80% (o rival teve 84%). Em finalizações, os marfinenses massacraram: 22 a 1o. Mas o que vale é eficácia nos arremates. Das 22, apenas três foram na direção do gol. Guiné acertou cinco. Quatro na rede. Nsoe fez 1 a 0 aos 42 minutos. Aos 28 da etapa final, Ganet ampliou e isso descontrolou os anfitriões. Aos 30, Nsoe ampliou e, aos 43, Buyla fechou a surra, já contando o milhão de prêmio.
Costa do Marfim a perigo
Assim, Guiné termina em primeiro lugar com os mesmos sete pontos da Nigéria. Ambos avançam de fase. Costa Marfim, com três pontos, terminou em terceiro. E vai ter de esperar o fim da terceira rodada para saber se terminará ou não entre os quatro melhores terceiros. Somente os dois piores são eliminados e os marfinenses já estão na frente de um deles, Gana. Restam jogos de quatro grupos. Os anfitriões precisam ficar na frente de apenas mais um. É bem provável. Mas um favorito avançar desse jeito acaba com o moral.
País de língua espanhola e sem astros
Já Guiné Equatorial, país que tem o espanhol como língua oficial (falada por 70% da população), é só alegria. Afinal, é uma seleção que tem um único jogador atuando em clube de elite, o goleiro Owono. E mesmo assim ele é apenas um reserva no modesto Alavés/ESP. Mas este nanico país que é um pouco maior do que o menor estado do Brasil (Sergipe) faz história na CAN. E o elenco está muito animado com a próxima reunião com o vice-presidente. Vai ter mais premiação? Pode ter certeza que sim.
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