Itália não joga mata-mata de Copa do Mundo desde a final de 2006; relembre as últimas campanhas
Após queda na repescagem das Eliminatórias Europeias na última quinta-feira, em derrota para a Macedônia do Norte, Azzurra acumulará mais uma ausência no Mundial
Tetracampeã mundial, a Itália mais uma vez não irá disputar a Copa do Mundo. Pela segunda vez consecutiva, a Azzurra caiu na repescagem das Eliminatórias Europeias, desta vez com uma derrota para a Macedônia do Norte, em casa, e não tem mais chances de ir ao torneio da Fifa, que será realizado no Qatar.
Atual campeão da Eurocopa, o time comandado por Roberto Mancini tem acumulado fracassos nos últimos anos. Desde que levantou o troféu em 2006, depois de vencer a França, os italianos jamais voltaram a disputar uma partida de mata-mata da principal competição do futebol mundial.
Em 2010 e em 2014, a Itália foi eliminada na fase de grupos, nos Mundiais de África do Sul e Brasil, respectivamente. Em 2018, a última edição da Copa do Mundo, a Itália não foi para a Rússia por ter caído na repescagem após dois duelos com a Suécia.
Relembre a seguir a trajetória da Azzurra nos últimos anos.
2010: MALDIÇÃO DA PRIMEIRA FASE
Depois de ganhar a Copa do Mundo em 2006, a Itália chegou para o Mundial de 2010 como uma das favoritas ao título, especialmente pela campanha feita nas Eliminatórias. Em dez partidas, a Azzurra venceu sete e empatou três, chegando ao torneio invicta, com 24 pontos, 18 gols marcados e sete sofridos.
Apesar da expectativa, a Itália deu início à chamada "maldição da primeira fase" com a atual campeã sempre sendo eliminada na fase de grupo. Em uma chave com Paraguai, Eslováquia e Nova Zelândia, os italianos conseguiram a proeza de ficar em última, sem nenhuma vitória e com apenas dois empates.
Desde então, todos os campeões mundiais foram eliminados na primeira fase na Copa do Mundo seguinte. A Espanha, que venceu em 2010, caiu na fase de grupos em 2014, assim como a Alemanha, campeã no Brasil. Abre o olho, França...
2014: BOM INÍCIO E SEQUÊNCIA RUIM
No Mundial do Brasil, a Itália estreou com vitória sobre a Inglaterra, em Manaus, com vitória por 2 a 1. No entanto, o time comandado por Cesare Prandelli perdeu as duas partidas seguintes, contra Costa Rica e Uruguai, e voltou para o Velho Continente mais cedo.
Nas Eliminatórias, a Azzurra fez campanha semelhante ao do ciclo anterior: seis vitórias e quatro empates em dez jogos, com 22 pontos, 19 gols marcados e nove sofridos.
2018: FORA DO MUNDIAL
Terceira seleção com mais participação em Copas do Mundo, atrás apenas de Brasil e Alemanha, a Itália ficou de fora do Mundial da Rússia pela primeira vez em 60 anos. A última vez que a Azzurra não havia disputado o torneio havia sido em 1958, na Suécia, quando a Seleção Brasileira conquistou seu primeiro título.
Em um grupo complicado nas Eliminatórias, os italianos caíram na mesma chave da Espanha, que se classificou em primeiro. Desta maneira, a Itália, então comandada por Gian Piero Ventura, disputou a repescagem contra a Suécia. Na ida, em Solna, vitória sueca por 1 a 0; na volta, empate sem gols em Milão.
2022: EXPECTATIVA E DECEPÇÃO
Para a Copa do Mundo de 2022, a expectativa era que a Itália se classificasse. O conjunto de Roberto Mancini ficou mais de três anos sem perder sequer um jogo, em uma sequência de 37 partidas (recorde entre seleções), entre 2018 e 2021, chegando a conquistar a Eurocopa no caminho.
Nas Eliminatórias, apesar de um bom início, a Azzurra não manteve o nível. Na penúltima rodada, quando tinha a chance de conseguir a classificação antecipada, empatou em 1 a 1 com a Suíça, com Jorginho perdendo um pênalti. Na rodada final, avançaria com vitória simples sobre a Irlanda do Norte, mas ficou no empate sem gols e viu os suíços vencerem, garantido a vaga direta.
Na repescagem, a Itália, sexta colocada no ranking da Fifa (melhor colocação entre os participantes), pegou a Macedônia do Norte, da 67ª posição (pior colocação entre os participantes). Em Palermo, a Azzurra pressionou o jogo todo, finalizou 32 vezes contra o gol de Dimitrievski, e viu o rival chutar apenas quatro vezes. Em uma destas poucas tentativas, porém, Trajkovski fez o gol que acabou com o sonho italiano mais uma vez, nos acréscimos.