Novo ídolo pega pênalti, Milan bate Juventus e encerra fila
O Milan minimizou o domínio da Juventus no futebol italiano. Na tarde desta sexta-feira, o time rubro-negro derrotou a Velha Senhora na disputa por pênaltis (4 a 3) da final da Supercopa da Itália, após empate por 1 a 1 no tempo regulamentar, e conquistou pela sétima vez o torneio, que nesta edição foi disputado no Estádio Jassim Bin Hamad, na cidade de Doha, no Catar.
Com a vitória, a agremiação de Milão volta a levantar um troféu após cinco anos de jejum. De quebra, se iguala à Juventus como maior vencedor da Supercopa da Itália, com sete títulos. O Milan não vencia a competição desde 2011.
O fim do jejum, contudo, veio após muito drama. Mandando no jogo, a Juventus abriu o placar com o zagueiro Chiellini no começo do primeiro tempo. Mas, ainda antes do intervalo, Bonaventura deixou tudo igual. A partir de então, o goleiro do Milan, Donnarumma, foi o destaque da decisão ao realizar pelo menos três defesas difíceis durante o clássico. Nos pênaltis, o jovem de 17 anos e 1,96m, com a mão trocada, pegou o chute de Dybala, deixando para Pasalic decretar o título milanista.
Juve é melhor, mas permite empate
Em 15 minutos, a Juventus mostrou quem tomaria a iniciativa na partida. Sturaru, duas vezes, e Mandzukic obrigaram o jovem goleiro do Milan, Donnarumma, a praticar boas defesas para salvar a equipe rubro-negra.
Aos 17, porém, o arqueiro de 1,96m e de 17 anos não foi capaz de evitar o primeiro gol alvinegro. Após cobrança de escanteio de Pjanic, o zagueiro Chiellini se antecipou a Romagnoli e esticou o pé direito para tocar para o fundo da rede.
Em desvantagem, o Milan passou a sair mais para o jogo e ocupar o campo de defesa da Velha Senhora. A ousadia diante da equipe de Turim funcionou e os comandados de Vincenzo Montella chegaram ao empate aos 38 minutos, quando Suso cruzou de longe, da direita, e Bonaventura venceu a marcação para testar no canto, sem chances para Buffon.
O primeiro tempo terminou com pressão da Juventus, que por pouco não desempatou aos 41, após falha de Donnarumma na frente de Sturaru. Abate apareceu para desviar e salvar o Milan. Ainda antes do intervalo, o lateral brasileiro Alex Sandro deixou o campo com lesão muscular, sendo substituído pelo francês Evra.
Goleiros mantêm igualdade no placar
A primeira grande chance da segunda etapa foi do Milan. Após cruzamento da direita, Romagnoli subiu livre e cabeceou com força. Buffon apenas observou a bola explodir no travessão, aos 11 minutos.
Aos 15, Khedira arriscou de longe e abrigou Donnarumma a buscar a bola na gaveta em defesa de mão trocada. Dois minutos depois, resposta do time rubro-negro: Suso chutou forte e cruzado, Bacca se jogou e por pouco não conseguiu empurrar para o gol.
Recém-colocado no lugar de Pjanic, o atacante Dybala quase desempatou o clássico aos 31, quando recebeu na intermediária e arriscou. A bola passou muito perto da trave esquerda de Donnarumma, que pouco depois seria novamente testado por Dybala em novo chute forte.
Praticamente só se defendendo, o Milan decidiu atacar na parte final do jogo. Aos 37, Bacca recebeu cruzamento da esquerda e cabeceou em direção ao chão. A bola quicou e Buffon, em lance de puro reflexo, espalmou para escanteio, salvando a Juventus da derrota no tempo regulamentar.
Prorrogação
Não demoraria para Buffon voltar a trabalhar na final da Supercopa da Itália. Logo no primeiro minuto da prorrogação, o goleiro fez grande defesa à queima roupa em bomba de Bonaventura. A bola sobrou para Bacca que, livre de marcação e na frente do gol, demorou para finalizar e viu Chiellini chegar para afastar o perigo.
No último período, a Juventus aproveitou o cansaço milanista para pressionar. A quatro minutos para o término do tempo extra, Evra cruzou rasteiro da esquerda, encontrando Dybala livre no meio da área. Da marca do pênalti, o argentino pegou muito embaixo da bola e isolou, perdendo a chance de evitar a disputa por penalidades máximas.
Pênaltis: Buffon x Donnarumma
No duelo entre os melhores goleiros da Itália, Donnarumma levou a melhor. O jovem de 17 anos pegou o pênalti de Dybala com a mão trocada, na última cobrança da Juventus. Na sequência, Pasalic bateu alto, com perfeição, sem chances para Buffon, dando o título ao Milan, que venceu por 4 a 3. O experiente arqueiro da Juventus também fez uma defesa, no chute de Lapadula, mas o problema foi que o croata Mandzukic mandou no travessão na segunda cobrança.