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Futebol Internacional

Jogo no México é suspenso por cantos homofóbicos de torcida

Juiz interrompe por 10 minutos o duelo entre Monterrey e Cruz Azul, pela Liga dos Campeões da Concacaf, e manda times de volta ao vestiário

17 set 2021 - 13h35
(atualizado às 14h03)
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A semifinal da Liga dos Campeões da Concacaf entre Cruz Azul e Monterrey, realizada na noite da última quinta-feira, teve de ser interrompida por causa de cantos homófobicos vindos da torcida mandante. O juiz do confronto, Cesar Ramos, suspendeu a partida por dez minutos no segundo tempo e mandou os times de volta ao vestiário.

O árbitro Cesar Ramos, que interrompeu confronto, durante o jogo entre Cruz Azul e Monterrey
O árbitro Cesar Ramos, que interrompeu confronto, durante o jogo entre Cruz Azul e Monterrey
Foto: Reprodução/@concacaf.com

Em 2019, a Fifa criou um protocolo antidiscriminação que inclui três passos a serem seguidos pelos árbitros. Ramos aplicou o segundo, que indica a interrupção do jogo por minutos, permitindo que os atletas se dirijam ao vestiário e voltem quando a situação estiver controlada ou mais calma.

Após o cumprimento do protocolo, a partida foi reiniciada no estádio Azteca, onde o Cruz Azul atuou como mandante e perdeu o confronto para o Monterrey por 4 a 1 e foi eliminado do torneio continental. Essa linguagem e comportamento não será tolerada pela Concacaf em suas competições, publicou a conta oficial do campeonato no Twitter.

Em junho, a Fifa já havia banido a torcida mexicana por dois jogos devido a cantos discriminatórios. A final da Liga dos Campeões da Concacaf, um torneio anual que reúne times da América do Norte, América Central e Caribe, será disputada em outubro entre Monterrey e América do México. Times mexicanos são, por sinal, os maiores vencedores da competição, com 36 títulos.

O histórico de gritos preconceituosos vindos de torcedores mexicanos está longe de ser recente. Ao menos desde a Copa do Mundo no Brasil, em 2014, é comum ouvir o cântico "eeeeeehhh, puto!" a cada vez que o goleiro rival cobra um tiro de meta. A expressão é uma forma vulgar de se referir a quem é gay. Em 2018, na Copa da Rússia, a Fifa abriu um procedimento disciplinar contra a Federação Mexicana de Futebol por conta do comportamento dos torcedores em um jogo contra a Alemanha.

Estadão
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