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Liga dos Campeões

Barça erra com Douglas, mas acerta muito mais em "pacotão"

Reformulação rendeu decepções como lateral brasileiro, mas apostas em Rakitic, Suárez e goleiros foram fundamentais paraTríplice Coroa

8 jun 2015 - 12h20
(atualizado às 12h21)
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Neymar fechou a conta na final da Liga dos Campeões, mas sem aquele lance o Barcelona teria alcançado o título de qualquer forma, tudo por conta dos gols marcados primeiro por Rakitic e depois por Suárez. Maiores reforços do clube para a atual temporada, a dupla confirmou o faro certeiro da equipe na hora de contratar, ao brilhar no momento mais importante do ano.

O clube aproveitou-se no meio de 2014 da supensão temporária da sanção da Fifa que o proibia de contratar, e logo foi atrás de reforços para a reformulação gradativa do elenco que estava refém das categorias de base. Foram oito contratações e mais de 150 milhões de euros gastos em uma postura agressiva no mercado que saiu da curva histórica do clube. Vale lembrar que um ano antes o Barcelona já havia gasto tubos de dinheiro em Neymar em uma transação até hoje com valores polêmicos que chegariam a 83,3 milhões de euros.  

Com gol de Neymar, Barcelona conquista Liga dos Campeões:

A principal delas foi polêmica, não pela qualidade do jogador, mas pelos valores e o comportamento inconstante dele. Luis Suárez foi tirado do Liverpool após o pagamento de 81 milhões de euros, embora estivesse punido por quatro meses de competições clubísticas pela mordida que deu em Chiellini na Copa do Mundo.

Suárez demorou para jogar e, quando começou a entrar em campo, mostrou sinais da falta de ritmo, uma ferrugem que saiu com o passar das rodadas e terminou com gol na partida que deu a Tríplice Coroa aos catalães. Craque do Campeonato Inglês na temporada anterior com o Liverpool, o uruguaio não precisava provar ser um grande atleta e não se importou de ser o terceiro em eficiência do histórico trio MSN, autor de 122 gols.

Suárez teve boa atuação na final e marcou gol decisivo
Suárez teve boa atuação na final e marcou gol decisivo
Foto: Oliver Lang / AFP

Rakitic, por sua vez, vinha de três bons anos no Sevilla, o último deles com direito a título da Liga Europa e prêmio de homem do jogo da decisão contra o Benfica. O Barcelona já tinha um meio-campo qualificado, mas via o ídolo Xavi em decadência pela idade e poucas opções seguras além de Iniesta, Busquets e Mascherano, titular como zagueiro.

A contratação do meio-campista croata era necessária para que o time tivesse ambições nesta temporada, pois um reforço de qualidade era necessário para no mínimo qualificar o elenco. O croata caiu como uma luva e, de quebra, introduziu um elemento ao jogo do Barcelona que não aparecia há anos.

Ataque formado por Messi, Suárez e Neymar foi responsável por 122 gols na temporada
Ataque formado por Messi, Suárez e Neymar foi responsável por 122 gols na temporada
Foto: Patrik Stollarz / AFP

Refinado tecnicamente, Rakitic encaixou no estilo pragmático dos catalães de toque de bola, mas permitiu que a equipe jogasse com verticalidade, abusando da velocidade dos três espetaculares atacantes titulares. Os lançamentos do camisa 4 viraram uma arma dos comandados de Luis Enrique, que massacraram adversários em transições rápidas ao ataque.

Em sua segunda final europeia em anos consecutivos, Rakitic brilhou de novo, fazendo o primeiro gol da partida e segurando a barra contra o vigoroso meio-campo da Juventus, que contava com Vidal e Marchisio, 2º e 3º jogadores que mais correram nesta edição da Liga dos Campeões, fora o jovem Pogba.

Outro acerto, Jéremy Mathieu chegou junto ao Valencia para servir como espécie de "coringa", podendo atuar tanto no miolo da zaga como na lateral esquerda. Foi usado com certa frequência, chegou a marcar gols importantes e cumpriu o papel para o qual foi contratado.

Segurança no gol

Victor Valdés foi por anos o titular da meta do Barcelona, alternando bons e maus momentos, mas nunca deixando de ser passível de críticas. Com sua saída, o clube catalão foi obrigado a ir atrás de reforços, e o fez com excelência.

Primeiro tirou o jovem Ter Stegen do Borussia Mönchengladbach, contratação desejada inclusive enquanto o time estava vetado de contratar. Depois, apostou na experiência do chileno Claudio Bravo, veterano do futebol espanhol após anos na Real Sociedad.

Luis Enrique mostrou confiança nos dois goleiros e promoveu um revezamento entre a dupla. Bravo foi o encarregado de defender a meta no Campeonato Espanhol, enquanto foi titular na Liga dos Campeões. Tanto um quanto o outro corresponderam e trouxeram uma segurança ao gol que Valdés jamais providenciou.

Ter Stegen pode ser considerado um acerto entre as contratações para temporada
Ter Stegen pode ser considerado um acerto entre as contratações para temporada
Foto: David Ramos / Getty Images

Decepções ou quase isso

Outros três reforços vieram para a temporada: o croata Halilovic, o brasileiro Douglas e o belga Thomas Vermaelen. O primeiro, 18 anos, ficou no Barcelona B, enquanto o brasileiro foi pouco utilizado por Luis Enrique em 2014/15. Já o terceiro passou mais tempo no estaleiro e jogou apenas uma partida.

A iminente saída de Daniel Alves poderia até dar mais espaços para Douglas no futuro, mas o lateral não agradou, criando embaraço para a diretoria nos poucos jogos em que atuou. Já para Halilovic, taxado de "novo Messi", o problema é a concorrência na equipe principal. Vermaelen é incógnita.

Planejamento para o próximo ano

Impossibilitado de reforçar o o elenco até o final do ano por causa da punição da Fifa, o Barcelona continuará dentro das possibilidades a reformulação iniciada em 2014. Xavi deixa o clube para jogar no Catar, e o lateral Aleix Vidal já está contratado para o lugar de Daniel Alves, que deve sair. Vidal só pode estrear em 2016, mas já treinará com o elenco.

Barcelona acerta com possível substituto de Daniel Alves:
Fonte: Terra
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