Messi decide, e Barça vence Atlético em "adeus" ao Calderón
O Vicente Calderón recebeu neste domingo o provável último duelo entre Atlético de Madrid e Barcelona de sua história - os colchoneros mudarão de casa na próxima temporada - e teve um jogo a altura das suas poderosas equipes, que entraram em campo pela 24ª rodada do Campeonato Espanhol. Em jogo repleto de chances e atuações brilhantes dos dois goleiros, o Barça levou a melhor graças a sua maior estrela: Messi marcou nos minutos finais do duelo e decretou a vitória por 2 a 1. Rafinha e Godín foram os autores dos outros gols.
A vitória retira parte da pressão sofrida pelos blaugranas devido as performances recentes e ainda faz a equipe botar pressão no Real Madrid: os 54 pontos são os mesmos dos merengues, que jogam ainda neste domingo e precisão pontuar para retomar a liderança, temporariamente em mãos catalãs. Os colchoneros, com a derrota, ficam com 45 pontos, na quarta posição.
Colchoneros iniciam com pressão
Mais a vontade em sua casa, o Atlético não tomou conhecimento dos culés e tratou de exercer pressão nos primeiros minutos de partida. E a postura só não se converteu em gol pois Carrasco, em chance de frente para o goleiro aos 3 minutos, desperdiçou finalizando sem força.
Aos 15, foi a vez de Griezmann assustar. O francês chegou com perigo na área aproveitando sobra de cruzamento e batendo no canto. Umtiti entrou na trajetória da bola e conseguiu evitar que entrasse nas redes. O camisa 7 colchonero seguiu dando trabalho, e aos 25 arriscou bela finalização na gaveta, obrigando Ter Stegen a fazer defesa espetacular para salvar o Barça.
Barcelona reage e Oblak brilha
Após tomar pressão na parte inicial do confronto, os blaugranas foram se encontrando nos minutos finais da primeira etapa e começaram a finalmente atuar no campo ofensivo. Mas se Ter Stegen salvava os chutes de um lado, Oblak também não ficava devendo do outro, e aos 37 realizou intervenção incrível em cobrança de falta com muita curva de Lionel Messi, que tinha endereço certo.
Antes da ida ao intervalo, o arqueiro dos colchoneros voltou a trabalhar bem, defendendo cabeçada firme de Piqué. O esloveno chegou a cair para dentro do gol e parecia que seria vencido no lance, mas conseguiu esticar o braço a tempo e parar a finalização do espanhol em cima da linha.
Messi aparece no fim e dá triunfo aos catalães
No segundo tempo, o jogo foi franco e ambas as equipes se agrediram sem medo, criando chances claras. Luis Suárez perdeu chance que não costuma errar ao receber com espaço na área e tocar para fora ao dar tapa para tentar tirar de Oblak. Griezmann voltou a exigir de Ter Stegen, que salvou chute colocado com o joelho.
Apesar da qualidade das chances criadas, seria num lance de sorte que o primeiro gol da partida sairia. Após chute de Neymar que desviou na defesa, Suarez tentou a sobra e a bola novamente bateu na zaga, se oferecendo dessa vez limpa para Rafinha, que dentro da área teve espaço para acertar chute cruzado de primeira e assim colocar o Barça na frente.
A resposta dos anfitriões veio na bola aérea, com a costumeira eficiência do uruguaio Godín no fundamento. Em cruzamento feito de cobrança de falta, o zagueiro subiu bem na primeira trave, desviou para o gol sem chances para Ter Stegen e deixou tudo igual no confronto.
E se o primeiro gol do Barcelona na partida foi "chorado", o mesmo pode se dizer do tento que definiu a vitória. Messi, acostumado a ser autor de gols mais bonitos, dessa vez precisou tentar duas vezes para encontrar o fundo da rede e decretar o placar final, após os o primeiro chute ter sido bloqueado pelo zagueiro Savic. No rebote, a rápida reação do craque argentino foi suficiente para vencer Oblak com toque sutil para o fundo do gol.