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Futebol Internacional

OPINIÃO: É hora de Vini Jr assumir o protagonismo na Seleção Brasileira

Craque do Real Madrid marcou três vezes na vitória sobre o Barcelona por 4 a 1, na decisão da Supercopa da Espanha

15 jan 2024 - 10h55
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Primor. Palavra que pode qualificar uma coisa ou pessoa como dotada de excelência, de perfeição, de qualidade superior. Palavra que pode também definir a atuação de Vinícius Jr contra o Barcelona pela Supercopa da Espanha, no domingo (14).

Foto: Lance!

Vini marcou três gols no triunfo do Real Madrid por 4 a 1 sobre o rival, se tornando o primeiro brasileiro a alcançar o feito pela equipe merengue. Dribles, criação de jogadas, passes irreverentes, uma sintonia grande com o torcedor e muita vontade de vencer. Uma noite memorável na Arábia Saudita.

A conexão clube-atleta já parece uma das mais intocáveis no futebol europeu. Muito por isso, sempre se faz um retorno ao velho questionamento que persegue todo jogador de alto nível: "por que ele não faz isso na Seleção Brasileira?".

A imagem de Vini Jr sendo substituído aos 18 minutos do segundo tempo contra a Croácia, na queda do Brasil na Copa do Mundo de 2022, se tornou uma espécie de assombração aos torcedores brasileiros, principalmente devido aos feitos alcançados pelo camisa 7 da equipe espanhola após o Mundial. Talvez, a alteração tenha sido o exato antônimo de "primor" no trabalho do técnico Tite.

O jogo de Vinícius frente ao Barcelona, a maturidade mostrada ao longo dos últimos anos em momentos decisivos e o protagonismo prestado em Madri mostram que é hora de o jogador também ser considerado a epítome da qualidade técnica na Seleção.

Depender de um Neymar com inúmeros problemas físicos nos últimos anos, e que na próxima Copa terá 34 anos, já não parece a receita mais indicada para sonhar com o fim do jejum mundial. Mesmo que o atual camisa 10 do Al-Hilal chegue à América do Norte no seu auge técnico em 2026, a parte física e tática necessitará de um companheiro que possa ajudá-lo a carregar o peso da disputa com maestria.

Cresce, portanto, a figura de Vinícius Jr. O novo técnico da Seleção, Dorival Júnior, já deixou claro em sua primeira coletiva ao assumir oficialmente o cargo, concedida na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que Neymar será importante, mas quer fugir da tão temida e incômoda "Neymardependência" em seu trabalho.

O primeiro desafio do experiente comandante, portanto, é transformar Vini no próximo protagonista do Brasil. A escolha do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, para o cargo de treinador, neste ponto, foi acertada: Dorival sabe como apagar incêndios de forma rápida, construindo trabalhos coletivos muito concisos e elevando as individualidades.

Para o craque do Real, é difícil apontar metas ou desafios quando os máximos primores do âmbito de clubes na Europa - Champions League e Mundial de Clubes - já foram alcançados. Com a mentalidade que Vinícius tem, é de se imaginar que sua mira esteja apontada para a próxima Copa do Mundo.

O atalho para o sonho do hexa, portanto, é um novo protagonista. Acreditar que a história vivida por Messi no Qatar se repetirá com Neymar, hoje, parece uma utopia. Depositar as esperanças no trabalho de Dorival Júnior, portanto, é esperar o crescimento de Vini com a camisa da Seleção. A partir disso, o Brasil poderá desfrutar e celebrar o primor do futebol na esfera da Seleção.

Lance!
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