Panamá protesta após queda na Copa Ouro: "Concacaf corrupta"
A arbitragem na Copa Ouro da Concacaf é o principal assunto. Nova vítima, o Panamá não quis se calar perante os erros protagonizados pelo juiz Mark Geiger na semifinal do torneio continental no Georgia Dome. Após ser derrotada por 2 a 1 pelo México, com direito a dois pênaltis assinalados para o adversário, a seleção panamenha exibiu dentro do vestiário uma faixa com os dizeres "Concacaf ladrões, corruptos, corruptos corruptos".
El claro mensaje de la selección de #Panamá tras el vergonzoso arbitraje #CopaOroRPC #VamosPanama. pic.twitter.com/esFnxpLTIU
— RPCTV Panamá (@rpctvpanama) July 23, 2015
Com um jogador a menos desde o primeiro tempo, pela expulsão de Luis Tejada, o Panamá vencia a partida decisiva por 1 a 0 até os 43min do segundo tempo, quando Geiger apontou a primeira penalidade após o zagueiro Román Torres cair em cima da bola e bater acidentalmente com o braço na mesma. O lance não foi intencional, o que gerou a revolta dos panamenhos e uma interrupção de 12 minutos antes que a cobrança fosse efetuada por Andrés Guardado.
O mexicano fez o gol, mas após a partida disse ter pensado em perder o pênalti intencionalmente, mas decidiu ser profissional. Ele marcou também o gol da vitória em outra penalidade, já nos acréscimos e também discutível. Ao final do jogo, todo o elenco do Panamá partiu para cima do trio de arbitragem para protestar pelas marcações, que garantiram o México na final do torneio.
Não foi a primeira vez que os mexicanos avançaram na Copa Ouro com uma mãozinha do juiz. Na rodada anterior, o time comandado por Miguel Herrera passou pela Costa Rica de maneira semelhante, com um pênalti marcado nos acréscimos do segundo tempo da prorrogação, convertido também por Guardado.
O FBI prendeu mais de um membro da Concacaf neste ano. O caimanês Jeffrey Webb, recém-extraditado da Suíça para os Estados Unidos, foi um deles. Jack Warner, de Trinidad e Tobago, e Julio Rocha López, de Nicarágua, também foram detidos na Europa. O escândalo da Fifa foi delatado pelo americano Chuck Blazer, antigo membro da confederação que se tornou informante da polícia americana e admitiu ser culpado dos crimes de extorsão, fraude eletrônica, evasão fiscal e lavagem de dinheiro.