Portugal vira na prorrogação e fica com o terceiro lugar nas Confederações
De maneira digna e heroica, Portugal fechou sua campanha na Copa das Confederações na Rússia, neste domingo. Jogando pela decisão do terceiro lugar diante do México, os europeus estiveram muito perto da derrota, mas conseguiram o empate nos acréscimos e gol decisivo da virada na prorrogação para sair com o triunfo.
Sem Cristiano Ronaldo, que foi liberado para acompanhar o nascimento dos filhos logo após a eliminação na semifinal, Portugal foi campo sem sua maior estrela até conseguiu o domínio das ações na primeira metade do confronto, deixando passar boas chances de sair na frente no marcador.
O México resistiu praticamente ao duelo inteiro quando pressionado, graças ao goleiro Ochoa. Ao saber contra-golpear, foi recompensado com gol no início da segunda etapa e esteve perto de assegurar o terceiro lugar até o empate salvador de Pepe nos instantes finais do tempo normal.
Na prorrogação, o fantasma dos pênaltis - haviam sido quatro cobrados e nenhum convertido na competição, foi finalmente afastado pelos comandados de Fernando Santos, que em nova oportunidade de balançar a rede na marca da cal, tiveram sucesso com Adrien Silva e sacramentaram o terceiro lugar.
O jogo - Portugal iniciou a partida determinado em agredir, mas não contava com a ótima atuação do goleiro mexicano Guillermo Ochoa, que impediu gols certos dos comandados de Fernando Santos na primeira etapa. Aos 16, a melhor das oportunidades: pênalti marcado com ajuda do árbitro de vídeo e cobrado por André Silva no canto direito do arqueiro, que espalmou.
O ânimo português não se abalou com a oportunidade desperdiçada e a pressão continuou, com Nani recebendo em ótimas condições na pequena área após cobrança de escanteio aos 17, e pecando na pontaria na hora de finalizar.
A resposta do México veio com Chicharito. O atacante recebeu de Carlos Vela e disparou potente chute aos 30 minutos, mas parou em Rui Patrício, que realizou bonita defesa para evitar o gol.
Na volta para o segundo-tempo, cenário parecido ao já visto na primeira etapa: Portugal com mais atitude no campo ofensivo, mas sem conseguir a conclusão esperada. Gelson Martins foi quem desperdiçou aos 7 minutos, depois de ser acionado dentro da área e finalizar rente a trave.
Mesmo pressionados, os mexicanos souberam mostrar que não estavam mortos na partida e com isso veio o gol que definiu o duelo. Aos 8 minutos, Chicharito fez jogada em velocidade e cruzou. Contando com a sorte, a bola desviou no zagueiro Luis Nieto na trajetória e morreu no fundo das redes.
Ochoa voltou a brilhar e impediu o empate pouco tempo depois, aos 15, salvando de maneira incrível à queima-roupa, em cabeçada perigosa de Gelson Martins.
Quando parecia que Portugal não conseguiria final feliz, já com os acréscimos em andamento, Pepe apareceu para mudar a história da partida, e se jogou na bola para completar cruzamento de Quaresma e finalmente vencer Ochoa, forçando a prorrogação.
O duelo franco e de desgaste físico, como de costume nessas ocasiões, marcou a meia-hora final do embate. O México até se apresentava melhor, até que Layun tocou a bola com a mão na área, e novo pênalti foi marcado. Dessa vez, finalmente um atleta luso foi capaz de converter, e Adrien Silva deu números finais para o confronto.
FICHA TÉCNICA
PORTUGAL X MÉXICO
Local: Estádio do Spartak, em Moscou (Rússia)
Data: 2 de julho de 2017, domingo
Horário: 9 horas (de Brasília)
Árbitro: Fahad Al-Mirdasi (SAU)
Assistentes: Abdulah Alshalwai (SAU) e Mohammed Al Abakry (SAU)
Cartões amarelos: Semedo (Portugal); Rafa Márquez, Raul Jimenez e Hector Moreno (México)
Cartão vermelho: Semedo (Portugal); Raul Jimenez (México)
GOLS: MÉXICO: Luis Nieto (contra) aos 8 minutos do segundo tempo. PORTUGAL: Pepe, aos 46 minutos do segundo tempo e Adrien Silva, aos 13 minutos do primeiro tempo da prorrogação.
PORTUGAL: Rui Patrício; Semedo, Pepe, Luis Nieto e Eliseu; Danilo Pereira (André Gomes), João Moutinho (Adrien Silva), Pizzi (William Carvalho) e Gelson Martins; Nani (Quaresma) e André Silva.
Técnico: Fernando Santos
MÉXICO: Guillermo Ochoa; Néstor Araujo, Luis Reyes, Héctor Moreno e Miguel Layún; Rafa Márquez (Fabián), Héctor Herrera e Andres Guardado (Jonathan dos Santos); Carlos Vela, Chicharito (Raul Jimenez) e Peralta (Lozano).
Técnico: Juan Carlos Osorio