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Futebol Internacional

Seis diretores do Barcelona pedem demissão

Dirigentes questionaram a maneira como o conselho tem atuado diante das implicações decorrentes da pandemia da covid-19

10 abr 2020 - 10h40
(atualizado às 10h50)
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Uma crise se instalou no Barcelona em meio à pandemia do novo coronavírus. Nesta sexta-feira, seis diretores renunciaram a seus cargos, deixando críticas especialmente à gestão do presidente Josep Maria Bartomeu. O clube e o mandatário ainda não se pronunciaram oficialmente sobre as renúncias.

Presidente do Barça, Josep María  Bartomeu em evento no i Camp Nou em Barcelona 14/12/2017  REUTERS/Albert Gea
Presidente do Barça, Josep María Bartomeu em evento no i Camp Nou em Barcelona 14/12/2017 REUTERS/Albert Gea
Foto: Reuters

Deixaram o clube Emili Rousaud e Enrique Tombas, dois dos quatro vice-presidentes do Barcelona, e os diretores Silvio Elias, Josep Pont, Jordi Calsamiglia e Maria Texidor. Eles questionaram a maneira como o conselho tem atuado diante das implicações decorrentes da pandemia. Com a crise, o clube mais rico do mundo teve redução de receita e decidiu cortar 70% dos salários dos jogadores.

"Chegamos a esse ponto (de nos demitir) por não nos vermos capazes de reverter os critérios e as formas de gestão do clube diante dos importantes desafios do futuro e, principalmente, do novo cenário pós-pandemia", diz um trecho da carta escrita pelos seis diretores.

A carta foi destinada aos torcedores. No texto, eles criticaram muito o presidente Josep Maria Bartomeu e questionaram a contratação da I3 Ventures, empresa de mídia que monitorava as redes sociais do Barcelona e teria criado contas falsas (os famosos robôs) para atuar em favor de Bartomeu, manchando futuros candidatos à presidência, ex-jogadores e até atletas do elenco atual. O caso ficou conhecido como "Barçagate".

"Também devemos destacar nosso desencanto com o infeliz episódio nas redes sociais, conhecido como "Barçagate", sobre o qual soubemos através da imprensa", afirma outro trecho da carta. Em fevereiro, quando o caso veio à tona, Bartomeu negou as acusações, mas rescindiu o contrato com a empresa, que também negou qualquer irregularidade.

Antes de sair, os dirigentes que renunciaram a seus cargos pediram que haja novas eleições no clube.

"Como último serviço prestado ao nosso clube, recomendamos que, assim que as circunstâncias permitam convocar novas eleições, que permitam, com todas as autoridades, administrar o clube da melhor maneira possível, diante dos desafios importantes do futuro mais imediato", concluíram.

Estadão
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