F. Melo se diz mais controlado e elogia critérios de Dunga
Aos 31 anos, o volante Felipe Melo já deixou para trás a expulsão contra a Holanda na Copa do Mundo de 2010, em partida que acabou com derrota do Brasil por 2 a 1 e eliminação nas quartas de final. Longe da Seleção desde então, ele diz ter aproveitado esse tempo para amadurecer, abandonar a fama de violento e evoluir física e mentalmente.
"Esses longos anos serviram para eu tomar conta da minha parte mental, saber me controlar. Essa foi uma coisa pela qual lutei muito, saber me controlar, saber o momento certo. Graças a Deus, com 31 anos, pai de quatro filhos, hoje sou dono da situação, sei me controlar dentro de campo. Essas coisas fazem parte, é aprendizado", declarou, ao canal ESPN Brasil, o jogador, que foi expulso na Copa da África do Sul por pisar no holandês Arjen Robben.
No Galatasaray, da Turquia, desde 2011, Felipe Melo é ídolo da torcida. O volante operou uma hérnia lombar em 23 de fevereiro, e desde então tem feito trabalho intensivo de recuperação. Na partida seguinte à cirurgia, na vitória por 3 a 1 sobre o Kayseri Erciyesspor, torcedores levaram ao estádio faixas homenageando-o com os dizeres "Melhoras, Felipe Coração de Leão Melo".
Contente com o momento atual, o jogador pretende voltar aos gramados o mais rápido possível e, quem sabe, retornar à Seleção Brasileira, comandada pelo técnico Dunga, ao qual ele fez questão de rasgar elogios por seu critério e justiça na hora das convocações.
"Quando o Dunga reassumiu a Seleção Brasileira, fiquei muito contente. Porque sei que o Dunga dá oportunidade não para o jogador que tem olho azul ou tatuagem bonita. Ele dá oportunidade para quem tem um bom desempenho e pode ajudar a Seleção. É nisso que eu me agarro", declarou Melo, que só vestiu a amarelinha sob o comando de Dunga, entre 2009 e 2010.
Atualmente, a recuperação física do volante já está encaminhada, e ele tem trabalhado as condições musculares na academia do Galatasaray e até na praia. Depois de voltar a ter contato com a bola, a esperança do jogador é retornar ao time antes do tempo esperado à época da operação, que era de dois meses (ou seja, no fim de abril).