Vini Jr. perde a Bola de Ouro por racismo; dentro de campo, ninguém é melhor que o brasileiro
A France Football protagonizou um dos maiores escândalos da história do futebol mundial ao não consagrar Vini Jr. como melhor jogador do mundo e optar por dar a Bola de Ouro ao volante espanhol Rodri, do Manchester City. A escolha é feita por um júri composto por 180 jornalistas. Cada profissional monta seu top 5 ideal. A pontuação geral define o ranking.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
A vitória de Vini Jr. era dada como uma barbada por todos os veículos europeus desde a final da Liga dos Campeões da última edição, quando o craque brasileiro foi decisivo na conquista do 15º título do Real Madrid na competição. O clube espanhol preparava um programa de quatro horas de duração nesta tarde para comemorar o prêmio. A Nike, patrocinadora do camisa 7, iria revestir a loja da marca na Gran Vía, conhecido ponto comercial da capital espanhola, de dourado para festar o seu atleta.
A festa estava pronta, porém, mais uma vez, Vini Jr. teve pela frente o seu maior adversário desde que pisou nos gramados da Espanha: o racismo. Nada mais explica a derrota no Bola de Ouro a não ser o incômodo causado pelo atacante em sua constante luta contra os racistas.
Vini Jr. não se cala e pressiona todo um sistema arcaico e preconceituoso. Não à toa conseguiu as primeiras condenações da história do futebol espanhol por racismo. O craque brasileiro chegou, inclusive, dizer que a Espanha não deveria receber a Copa do Mundo de 2030 caso não dê uma basta aos recorrentes casos de injúria racial.
Essa não é a primeira vez que Vini Jr. é escanteado da premiação por racismo. Na temporada passada, ele não ficou nem no top 10. Não existe malabarismo que explique essa má vontade em reconhecer o óbvio: ninguém joga mais bola no mundo na atualidade que o camisa 7 do Real Madrid.
Em 2023, a France Football deu a Vini Jr. o prêmio Sócrates. A iniciativa, que levava o nome do grande craque brasileiro, tem como objetivo ressaltar iniciativas sociais. Na ocasião, o atacante venceu pelo trabalho do seu Instituto em São Gonçalo, no Rio de Janeiro.
Porém, não há dúvidas que depois do roubo desta segunda-feira, Sócrates, se ainda vivo estivesse, não gostaria de ter o seu nome ligado a uma publicação racista. O ídolo corintiano foi voz ativa na luta contra a ditadura e sempre se destacou por ser preocupado com questões sociais.