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Futebol Internacional

Vitória contra Udinese não afasta crise na Roma; CEO pede demissão

Dan e Ryan Friedkin tentam acalmar torcida após a demissão do técnico Daniele De Rossi

24 set 2024 - 08h11
(atualizado às 08h11)
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Dan e Ryan Friedkyn, donos da Roma
Dan e Ryan Friedkyn, donos da Roma
Foto: Paolo Bruno/Getty Images / Esporte News Mundo

A Roma conseguiu sua primeira vitória na Série A no domingo (22), ao bater a Udinese por 3 a 0, mas o placar elástico no Estádio Olímpico não foi suficiente para afastar a crise do clube: os donos Dan e Ryan Friedkin precisaram se manifestar para acalmar a torcida.

Na segunda (23), a dupla divulgou uma nota oficial reforçando o compromisso em devolver o clube aos tempos de glória. O principal tema, no entanto, foi explicar a saída de De Rossi.

— Temos o maior respeito por Daniele e acreditamos que ele terá uma ótima carreira como treinador. Talvez até um dia de volta à Roma. A decisão de nos separar dele foi incrivelmente difícil, mas a tomamos acreditando que isso nos daria a melhor oportunidade de competir por troféus nesta temporada — diz a nota.

A crise é fruto da abrupta decisão de demitir o técnico, lenda do clube, apesar do início ruim de temporada. O desligamento não foi bem aceito pela torcida, tanto que no jogo contra a Udinese, uma faixa resumiu o sentimento: "Ainda que no futebol não exista reconhecimento, lembre-se que sempre será a essência do romanismo… Até logo, Daniele".

Curiosamente, a diretoria havia anunciado a renovação do contrato em junho, até 2027.

O comunicado também tenta esclarecer para a torcida giallorossa que a compra do Everton, time inglês que está na Premier League, não vai influenciar na administração do clube italiano.

— A potencial adição do Everton ao nosso portfólio não altera o nosso foco na AS Roma. Na verdade, a simbiose multiclubes só ajudará a Roma. Cada clube do nosso portfólio opera de forma independente e a AS Roma continua no centro das nossas ambições futebolísticas. Tenha certeza de que o nosso compromisso de tempo, recursos e energia não será reduzido. O nosso objetivo é claro: ver a AS Roma competir de forma consistente ao mais alto nível do futebol europeu — completa.

CEO renuncia

Pouco antes do duelo contra a Udiese, a CEO Lina Souloukou renunciou ao cargo, deixando suas funções de forma imediata. A nota do clube foi genérica, sem citar os motivos.

De acordo com a Gazzetta dello Sport, a pressão da torcida estaria excedendo os limites. A Comissão de Ordem Pública italiana, avaliando a situação, decidiu designar um serviço de proteção para Souloukou, envolvendo também seus filhos de 3 e 8 anos, apesar da dirigente ser contra a medida.

Lina foi indicada para o cargo em abril de 2023, passando pela demissão de José Mourinho, a contratação de De Rossi e as tratativas de um novo estádio para o clube, ambição de décadas que a Roma não consegue tirar papel.

Esporte News Mundo
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