Intolerância marca volta de torcida aos estádios
Agressões, invasões, tumultos; tudo isso tem ocorrido no Brasileiro
Torcedores de Athletico-PR e Atlético-MG se enfrentaram nessa terça (16), na Arena da Baixada, durante jogo pelo Brasileiro vencido pelo time mineiro por 1 a 0. Por pouco a divisória de acrílico que os separavam na arquibancada não foi quebrada e a polícia teve de intervir no instante em que a partida chegou a ser paralisada.
O incidente foi apenas mais um desde que o público voltou a marcar presença nos estádios do País depois de um longo período afastado por causa da pandemia de covid-19.
As cenas de vandalismo têm se repetido com frequência. Em 31 de outubro, gremistas e palmeirenses trocaram socos na Arena do Grêmio, após a derrota do mandante para a equipe paulista por 3 a 1. O tumulto se agravou quando torcedores do time gaúcho invadiram o gramado, assim que a partida acabou, e destruíram com socos e pontapés a cabine do VAR (árbitro de vídeo).
Quando o policiamento e a segurança dos clubes atuam na prevenção e não deixam que os conflitos ocorram nos estádios, os brigões escolhem outros locais para os confrontos. Em 18 de outubro, momento após a vitória do São Paulo por 1 a 0 sobre o Corinthians, grupos ligados a facções dos dois times usaram barras de ferro, pedras e fogos de artifício para duelarem no centro da capital paulista.
Em 4 de novembro, vascaínos e torcedores do Guarani protagonizaram cenas chocantes nos arredores do Brinco de Ouro, em Campinas, antes do jogo vencido pelos mandantes por 1 a 0, pela Série B do Brasileiro, com trocas de socos e lançamento de rojões tendo como alvo os seus adversários.
Pancadarias envolvendo flamenguistas, botafoguenses, santistas, cruzeirenses, entre outros, também ganharam espaço no noticiário nos últimos dois meses. Ainda nessa terça (16), torcedores de Vila Nova e Goiás deixaram um bar destruído na capital goiana após um ataque mútuo com arremesso de cadeiras e mesas.