James Rodríguez chega à final da Copa América com a Colômbia em status diferente do que vive no São Paulo
Meio-campista é o maestro dos Cafeteros na competição continental, mas não consegue repetir desempenho no Tricolor
Encontrar uma razão para apontar a passagem de James Rodríguez, um dos destaques da Copa América de 2024, pelo São Paulo é uma tarefa complicada. O meio-campista não dá sinais de felicidade ao vestir a camisa tricolor, ou se entrega enquanto está em campo, levando torcedores à loucura em diversas oportunidades.
Mas a versão de James pela seleção da Colômbia é a que todos esperam e conhecem do jogador. Tendo florescido para o mundo na Copa de 2014, manteve o alto nível pelos Cafeteros, e conduziu a seleção à final do continental.
Na campanha histórica dos colombianos, que voltam à final depois de 23 anos - foram campeões em casa em 2001 -, Rodríguez marcou um gol e contribuiu com seis assistências em cinco jogos. Números positivos que só dão veracidade à influência que pode exercer em qualquer time que jogar.
Não é à toa que James está sendo monitorado por clubes de relevância no exterior. Em contrapartida, não é à toa que o São Paulo enfrente uma novela com o craque.
De fato, não é fácil entender o que interfere tão negativamente na passagem do central pelo futebol brasileiro. Mas basta observar a forma como James é tratado pelos companheiros de Colômbia. Uma referência. O jogador que pode decidir, o mais confiável para entregar jogadas de efeito. O cérebro do time.
No São Paulo, a história não se repete. Com Dorival Júnior, Thiago Carpini e Luis Zubeldía, não teve cadeira cativa no time titular, e nem viu seus companheiros construírem um jogo que o centralize no posto principal. A falta de vontade e intensidade se somam à falta de protagonismo, e resultam no pacote perfeito: fracasso.
Mas enquanto há James Rodríguez na Colômbia, há confiança. Portanto, é o jogador que pode desequilibrar diante da Argentina, na final da Copa América. O confronto acontece neste domingo (14), às 21h (de Brasília).