Jogador esquartejado teria levado tiro de homem ao invadir quarto da ex, diz advogado
Rubia presenciou o jogador ser alvejado, segundo a defesa, e não participou da ocultação de cadáver da vítima
O jogador Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, 19 anos, que foi esquartejado em Sete Quedas (MS), teria sido baleado após invadir o quarto da ex-namorada, Rubia Joice de Oliver Luvisetto, 21. Ela foi presa na última segunda-feira, 3, por suspeita de envolvimento no caso.
Ao Terra, o advogado Felipe Cazuo, que representa a jovem, afirmou que ela não tem envolvimento direto na morte do atleta, mas presenciou o momento em que a vítima levou o tiro. Hugo teria invadido a casa e o quarto dela, onde a encontrou dormindo com outro homem, Danilo Alves Vieira da Silva, 19.
"Quando quando o Hugo liga a luz [do quarto] e vê os dois ali, ele começa a xingá-la. Vai para cima dela. Nisso, o Danilo acorda. O Hugo começa a ficar agressivo com ela, xingando de um monte de palavrão, e ela pega e fala para o Danilo: 'Fica aí, que eu vou colocar ele para fora'. Começou a tentar empurrá-lo para fora, falar pra ele sair dali. Nesse momento, ele também ficou mais agressivo, e foi quando ela escutou um estampido [tiro], que veio de trás dela", explica.
No quarto ao lado, estava outro homem, identificado apenas como Maninho. Ele teria ajudado Danilo a retirar Hugo da casa. Ainda de acordo com o advogado, Rubia se sentiu ameaçada pelo suposto atirador.
"No momento de desespero, ela se sentiu ameaçada. Tipo: 'Se descobrirem isso, todo mundo vai morrer', alguma coisa nesse sentido", afirma.
Cazuo também diz que a ideia de ocultar o cadáver de Hugo partiu de Danilo, e Rubia ficou em casa.
Relembre o caso
Segundo informações da polícia, Hugo foi visto pela última vez pelos amigos quando eles o deixaram próximo à residência de sua ex-namorada, após saírem de uma festa realizada em um posto de combustível na cidade paraguaia de Pindoty Porã, que faz divisa com Sete Quedas.
No momento do desaparecimento, o jogador estava vestindo uma camisa azul e calça jeans. A família estranhou que ele não deu notícias e também não atendia ao telefone. Então, a mãe de Hugo, Eliana Skulny, registrou o desaparecimento de seu filho na segunda-feira seguinte, dia 26.
A polícia informou que o crime foi cometido por motivo passional e na residência da suspeita. O jogador levou três tiros e morreu. De acordo com as autoridades, ele foi esquartejado e lançado no leito do rio.
No domingo, 2, parte dos restos mortais de Hugo foram localizados durante uma operação de força-tarefa que envolveu as polícias Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros e a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron).
O Corpo de Bombeiros informou que todas as partes do corpo de Hugo Vinícius estão sendo procuradas, mas algumas delas são muito pequenas.