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Jorge Jesus está de olho na vaga de Tite após a Copa do Mundo do Catar, informa imprensa portuguesa

Treinador disse que seu futuro não é trabalhar em Portugal e vai esperar para ouvir ofertas em maio ou junho apenas: técnico do Brasil ficará no cargo até o fim da Copa do Catar

1 abr 2022 - 10h00
(atualizado às 10h06)
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Tem um português de olho na seleção brasileira e esse cara não é o atacante Cristiano Ronaldo nem Abel Ferreira, que acaba de renovar seu contrato com o Palmeiras até 2024. Trata-se de Jorge Jesus, segundo A Bola, de Portugal. Jesus recusou nesta semana oferta de clube do mundo árabe para se firmar como uma das opções, quem sabe, para assumir o lugar de Tite, de acordo com a publicação europeia. A CBF ainda não se manifestou sobre a troca. Apenas Tite já disse que se despede do cargo após a Copa do Mundo do Catar.

Jorge Jesus foi embora, mas seu fantasma sempre rondou o Brasil. O Flamengo e os flamenguistas nunca se esqueceram do treinador campeão da Libertadores de 2019. Já tentaram trazer o 'mister' de volta algumas vezes. Dinheiro não é o problema para Jesus. Ele ainda recebe do Benfica, seu último clube. Treinar a seleção seria um salto em sua carreira.

"Tenho certeza de que vou voltar ao futebol português, mas de momento a minha ideia é que a próxima equipe que vou treinar seja de fora de Portugal. As propostas de trabalho que tive desde que saí do Benfica foram analisadas e rejeitadas porque só quero pensar nisso a partir de maio ou junho", explicou, à margem do Fórum promovido pela Associação Nacional de Treinadores de Futebol, no dia 22 de março.

Além da seleção, informações vindas de Portugal dão conta de seu crescente interesse em retomar as rédeas no próprio Flamengo, atualmente comandado por um compatriota, Paulo Sousa, que começa a sofrer críticas no Rio e terá missão dura na decisão do Carioca diante do Fluminense após derrota na partida de ida por 2 a 0. O jogo é neste sábado, 18h. O Fla precisa fazer dois gols para levar a decisão para os pênaltis.

No Brasil, por ora, nenhum treinador salta aos olhos do torcedor para ocupar o cargo de Tite. Quando foi escolhido, em 2016, Tite era único e foi conduzido ao posto nos braços do torcedor. Há ainda bons meses até a troca, marcada para o fim de dezembro, com ou sem a conquista do hexa. A CBF já deve estar observando os possíveis candidatos. Jorge Jesus tem a seu favor a proximidade e o trabalho que deixou com o Flamengo. E tudo para por aí.

Ainda não se sabe o que pensa o novo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, sobre o assunto "treinador estrangeiro no comando da seleção brasileira". Com a saída de Caboclo, a casa do futebol está desarrumada ainda. O fato é que a safra de técnicos no País é apenas modesta, para não dizer ruim, com raras exceções em formação, como Rogério Ceni, do São Paulo. A legião de treinadores estrangeiros invadiu o futebol nacional de clubes e isso, de certa forma, abriu as portas para ao menos se pensar na possibilidade de um forasteiro na seleção. O time feminino tem a sueca Pia Sundhage, por exemplo.

Se a CBF aceitar um estrangeiro, o que se sabe é que ele teria de ser acima de qualquer suspeita, um treinador que não tivesse resistência do torcedor nem fosse colocar a entidade contra a parede em sua escolha. Há muitas dúvidas de que esse técnico seja Jorge Jesus.

Estadão
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