Justiça determina prisão de jovem apontado como suspeito de matar jogador; ele está foragido
Danilo Alves Vieira da Silva teria atirado, esquartejado e ocultado o corpo de Hugo Vinícius Skulny Pedrosa
Danilo Alves Vieira da Silva, de 19 anos, é apontado como principal suspeito de matar e esquartejar o jogador de futebol Hugo Vinícius Skulny Pedrosa em Sete Quedas, no Mato Grosso do Sul. A prisão dele foi determinada pela Justiça nesta quarta-feira, 5.
Ao Terra, a Polícia Civil confirmou que tentou localizá-lo para cumprimento do mandado, mas não teve sucesso. Portanto, ele é considerado foragido da Justiça. Qualquer informação que possa levar ao paradeiro de Daniel, pode ser repassada anonimamente por meio do número (67) 3479-1480.
Danilo teria disparado contra Hugo após o jogador ter invadido a casa e o quarto da ex-namorada, Rubia Joice de Oliver Luvisetto, de 21 anos. Ela foi presa na última segunda-feira, 3, por suspeita de envolvimento no caso. No entanto, o advogado dela, Felipe Cazuo, afirmou que ela não tem envolvimento direto na morte do atleta, mas presenciou o momento em que a vítima levou o tiro.
"Quando o Hugo liga a luz [do quarto] e vê os dois ali [Rubia e Danilo], ele começa a xingá-la. Vai para cima dela. Nisso, o Danilo acorda. O Hugo começa a ficar agressivo com ela, xingando de um monte de palavrão, e ela pega e fala para o Danilo: 'Fica aí, que eu vou colocar ele para fora'. Começou a tentar empurrá-lo para fora, falar pra ele sair dali. Nesse momento, ele também ficou mais agressivo, e foi quando ela escutou um estampido [tiro], que veio de trás dela", explica.
No quarto ao lado, estava outro homem, identificado apenas como Maninho. Ele teria ajudado Danilo a retirar Hugo da casa. Ainda de acordo com o advogado, Rubia se sentiu ameaçada pelo suposto atirador.
"No momento de desespero, ela se sentiu ameaçada. Tipo: 'Se descobrirem isso, todo mundo vai morrer', alguma coisa nesse sentido", afirma.
A reconstituição do crime foi feita na quarta-feira, a partir do depoimento de Rubia.
Relembre o caso
Segundo informações da polícia, Hugo foi visto pela última vez pelos amigos quando eles o deixaram próximo à residência de sua ex-namorada, após saírem de uma festa realizada em um posto de combustível na cidade paraguaia de Pindoty Porã, que faz divisa com Sete Quedas.
No momento do desaparecimento, o jogador estava vestindo uma camisa azul e calça jeans. A família estranhou que ele não deu notícias e também não atendia ao telefone. Então, a mãe de Hugo, Eliana Skulny, registrou o desaparecimento de seu filho na segunda-feira seguinte, dia 26.
A polícia informou que o crime foi cometido por motivo passional e na residência da suspeita. O jogador levou três tiros e morreu. De acordo com as autoridades, ele foi esquartejado e lançado no leito do rio.
No domingo, 2, parte dos restos mortais de Hugo foram localizados durante uma operação de força-tarefa que envolveu as polícias Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros e a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron).
O Corpo de Bombeiros informou que todas as partes do corpo de Hugo Vinícius estão sendo procuradas, mas algumas delas são muito pequenas.