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Lenda da seleção dos Estados Unidos rebate críticas de Roy Keane a danças do Brasil: 'Sinto pena'

Alexi Lalas, que disputou duas Copas pelo time americano, disse que enxergar desrespeito em comemorações dos jogadores brasileiros é ter visão 'desvirtuada' do futebol

6 dez 2022 - 14h41
(atualizado em 7/12/2022 às 10h51)
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Ao final do primeiro tempo de Brasil e Coreia do Sul pelas oitavas da Copa do Mundo de 2022, no momento em que a seleção ganhava de 4 a 0, o antigo nome do Manchester United e da Irlanda Roy Keane criticou a comemoração com 'dancinhas' dos atletas da seleção a cada gol e chamou de "desrespeito" as coreografias. Após ser respondido por Tite - indiretamente - e Lucas Paquetá -, ele foi rebatido nesta terça-feira, dia 6, também por Alexi Lalas, ídolo do futebol dos Estados Unidos, que disse ter "pena" da reação negativa.

Atleta do time americano nas Copas de 1994 - eliminado pelos brasileiros nas oitavas - e 1998, o jogador ressaltou que marcar um gol é o objetivo mais difícil no esporte e cada equipe tem o direito de festejar do jeito que melhor entender. Ainda, Lalas disse que ficar chateado com esse estilo é algo para pessoas que "não tem coração".

"Se você está zangado por jogadores brasileiros dançarem após marcar um gol, você tem uma visão desvirtuada do que o esporte é em uma Copa do Mundo. Eu sinto pena de você", comentou Lalas, em um programa da Fox Sports americana. "Eu sinto pela vida que você vive, que não tem amor, alegria, paixão."

E ele completou: "Há pessoas que viram os brasileiros dançando e torceram o nariz. Eu digo que você está perdido, você não tem coração, é solitário. (O gol) é a coisa mais difícil de se fazer e você comemora quando consegue. Se quiser dançar, cantar ou correr... você fazer o que quiser para celebrar o maior momento do nosso jogo".

O técnico da seleção brasileira, Tite, que entrou na dança do pombo com Richarlison após o atacante marcar o seu gol, também comentou sobre o assunto na coletiva de imprensa depois da partida, encerrada em 4 a 1. Segundo ele, e sem citar Roy Keane, "os maldosos" entenderam como desrespeito. "Eu não quero que tenha outra interpretação que não seja o sentido de alegria pela equipe, pela performance. Não (seja visto) como um desrespeito ao adversário, porque não é", comentou.

Paquetá, autor do quarto gol, acompanhou as palavras e explicou que as danças não são direcionadas aos rivais. "A gente simboliza a alegria de marcar o gol", disse o meia. "A gente não vai na frente do adversário. Todos estão ali e comemoramos porque é o nosso momento. A gente fez o gol e o Brasil está festejando. Se ele (Keane) não gosta, não tenho muito o que fazer. Se marcarmos, vamos continuar comemorando dessa forma", disse. Antes mesmo da Copa, jogadores do Brasil disseram que havia algumas coreografias para os gols.

Estadão
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