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Libertadores

Festa do Flamengo no Rio lembra grandes eventos históricos

25 nov 2019 - 13h16
(atualizado às 13h19)
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Foto: Silvio Alves Barsetti

Inaugurada em 1944, a Avenida Presidente Vargas já arrastou multidões para vários desfiles das principais escolas de samba do Rio, ao longo de décadas, e também sediou grandes eventos políticos, como o comício das Diretas Já, em 1984, com mais de um milhão de pessoas. Neste domingo, a via que interliga a zona norte ao centro da cidade vivenciou outro dia histórico, talvez só comparável com o ato de 35 anos atrás.

Tudo isso graças ao bicampeonato da Libertadores conquistado pelo Flamengo, no sábado (23), em Lima. Para ver seus ídolos que percorreram trecho de dois quilômetros e meio da avenida em carro aberto, centenas de milhares de pessoas foram ao local.

Vestidos com a camisa do clube, muitos deles subiram em árvores, em sinais luminosos, em andaimes, em bancas de jornais, em automóveis; todo esforço para ter uma visão mais limpa dos jogadores, em que pese o risco de acidentes.

Alex Santos trouxe a família toda para a festa – a esposa Marcela e os filhos Thiago, 14 anos, Erick, 13 e Sophia, 10. Eles vieram de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense e chegaram bem cedo ao ponto de concentração, em frente à Igreja da Candelária. Pode-se afirmar que foi o primeiro grupo a marcar presença na avenida, antes mesmo das 7 horas.

Foto: Silvio Alves Barsetti

“Estamos todos sem dormir, numa alegria sem igual”, contou Alex, ao lado das crianças que, apesar de cansadas, demonstravam muito ânimo para acompanhar cada detalhe do megaevento.

Fogos espocavam de todos os lados e torcedores brotavam do subsolo, isto é, das escadas que dão acesso ao metrô em pelo menos três estações da região central do Rio. Aos poucos, eles se multiplicavam, como um formigueiro humano.

Foto: Silvio Alves Barsetti

Cânticos de provocação aos rivais Vasco, Fluminense e Botafogo também pontuavam as manifestações dos torcedores. Tinha gente de todas as idades, até bebês no colo dos pais. Pelo menos, por toda a manhã e até o início da tarde, foi assim.

“Eu amo o Flamengo, a minha esposa e a minha mãe. Mas, hoje, eu não sei qual a ordem hierárquica disso, embrulhou tudo”, disse Claudio Pitombo, 27 anos, antes de subir numa baca de jornais e ficar dali aguardando a passagem dos jogadores.

Até o meio da tarde, o carro aberto com os campeões prosseguia seu périplo na Presidente Vargas, talvez a lentidão fosse proposital, a fim de ver o que ocorreria no jogo entre Palmeiras e Grêmio – um tropeço do time paulista seria suficiente para o Flamengo ganhar outro título, o do Brasileiro, por antecipação.

Foto: Silvio Alves Barsetti
Fonte: Silvio Alves Barsetti
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