Fla, campeão pela qualidade técnica de seus jogadores
Elenco mais valorizado do futebol brasileiro foi fundamental no novo título do Rubro-Negro
O Flamengo voltou a fazer história, com o novo título da Libertadores, conquistado com a vitória sobre o Athletico-PR por 1 a 0, neste sábado, em Guayaquil, no Equador. Está coroado o ano de 2022 para o Rubro-Negro carioca. Dias atrás, o troféu da Copa do Brasil já tinha seguido para a sede da Gávea, num prenúncio de um final de ano apoteótico para os flamenguistas.
Não foi por acaso que tudo isso se deu. Depois de dois anos claudicantes, sem conseguir repor com a mesma qualidade alguns dos baluartes da campanha de 2019, então sob a batuta de Jorge Jesus, e de escolhas equivocadas para a formação da comissão técnica, o Flamengo ganhou pujança, estilo e credibilidade a partir da vinda de Dorival Júnior, em junho.
Daquele grupo vitorioso, que levou a Libertadores após final com o River Plate, em Lima, no Peru, muita coisa mudou. Primeiro, Pablo Marí, zagueiro que se destacou naquela edição da competição, logo saiu do clube e abriu um vácuo. Por vários meses, o Fla não conseguiu um substituto à altura. Até David Luiz ocupar o posto.
Diego Alves, o goleiro titular de então, teve queda de rendimento acentuada, revezou com Hugo nas escalações, mas ambos não convenceram. A chegada de Santos pôs um fim nessa polêmica. Na lateral-direita, Rodinei passou até a ser cogitado para a Seleção brasileira, deixando a nação rubro-negra sem saudades de Rafinha.
No meio, Willian Arão e Gerson, dois nomes de peso na façanha de 2019, tomaram outro rumo. Demorou um pouco, mas João Gomes e Thiago Maia assumiram muito bem o papel deles.
Já o ataque, o setor mais badalado do Flamengo nos últimos anos, manteve em alto nível as atuações de Everton Ribeiro, Arrascaeta e Gabigol, que marcou o gol do título, em Guayaquil, repetindo seu desempenho naquela decisão contra o River Plate, quando fez os dois gols da vitória, numa virada espetacular. Faltava quem suprisse a ausência de Bruno Henrique, o motorzinho do time durante a passagem de Jorge Jesus.
Eis que a solução já estava em casa: Pedro, o homem-área mais credenciado do futebol brasileiro. Artilheiro da Libertadores, ele encantou os torcedores do Flamengo e também o técnico Tite, da Seleção brasileira. Foi outro campeão com todo o mérito.
Com tanto talento, versatilidade, com reservas de luxo, fruto de um investimento multimilionário, o Flamengo provou mais uma vez que não chegou ao topo do futebol da América do Sul por acaso.