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Libertadores

De Kevin a pedradas, relembre a violência na Libertadores

15 mai 2015 - 13h53
(atualizado às 13h55)
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O clássico entre Boca Juniors e River Plate na noite da última quarta-feira entrou para a longa e triste história de casos de violência promovidos por torcedores na Copa Libertadores. Na Bombonera, o torcedores do time da casa jogaram spray de pimenta nos jogadores visitantes e fizeram com que o duelo fosse suspenso na volta do intervalo do duelo válido pelas oitavas de final.

A Conmebol ainda não definiu o que fará com o Boca Juniors, mas, levando-se em consideração o histórico da competição, o clube de Buenos Aires não tem muito a temer quanto a punições. Relacionamos a seguir alguns casos recentes tristemente célebres de violência na competição continental que ajudam a manchar a fama do torneio.

Ponzio mostra no rosto o estado que os atletas do River após gás de pimenta
Ponzio mostra no rosto o estado que os atletas do River após gás de pimenta
Foto: Juan Mabromata / AFP

2013 - Tensão no Horto

O Atlético-MG goleou o Arsenal de Sarandí na fase de grupos da Libertadores de 2013 por 5 a 2, mas a partida, que contou com golaço de Ronaldinho, foi manchada por conta da violência ao fim do jogo.  Atletas da equipe argentina foram discutir com o árbitro após o apito final e foram reprimidos bruscamente pelo policiamento, que revidou com cassetetes e apontou suas armas contra os atletas. Os jogadores visitantes precisaram se refugiar no vestiário do Independência.

Jogadores do Arsenal encaram a Polícia Militar no Independência
Jogadores do Arsenal encaram a Polícia Militar no Independência
Foto: EFE

2013 - Kevin

O dia 20 de fevereiro de 2013 entrou para a história da Libertadores como uma de suas datas mais tristes. Em Oruro, na Bolívia, o jovem Kevin Douglas Beltrán Espada morreu após ser atingido com um sinalizador disparado pela torcida do Corinthians na partida contra o San José. Doze torcedores brasileiros ficaram detidos por meses e, após conseguir liberdade, vários foram flagrados em mais casos de violência - o presidente da organizada Pavilhão 9, Fábio Neves Domingos, foi assassinado neste ano em ataque à sede da torcida. Ninguém foi condenado pela morte de Kevin.

Kevin Douglas Beltrán Espada morreu após ser alvejado por sinalizador disparado por torcedor do Corinthians
Kevin Douglas Beltrán Espada morreu após ser alvejado por sinalizador disparado por torcedor do Corinthians
Foto: Facebook / Reprodução

2011 - Agressão a Muricy

O Santos confirmou sua presença na final da Libertadores de 2011 após empate por 3 a 3 fora de casa com o Cerro Porteño, mas a partida no Defensores del Chaco não terminou bem. Os paraguaios começaram a arremessar objetos no gramado, e algo acertou a testa do técnico Muricy Ramalho.

Muricy Ramalho foi agredido no Paraguai
Muricy Ramalho foi agredido no Paraguai
Foto: Luis Vera / Getty Images

2008 - Jogo sem fim

Mais uma vez o Cerro Porteño, mais uma vez o Defensores del Chaco. O Cruzeiro passou pela pré-Libertadores em 2008 para conseguir entrar na fase de grupos. O adversário foi o Cerro. O time celeste venceu as duas partidas, mas o segundo jogo nem acabou. Quando o placar marcava 3 a 2, o árbitro interrompeu a partida aos 25min do segundo tempo porque a torcida da casa passou a arremessar objetos no gramado e deu o duelo como encerrado.

Ramires e Marcelo Moreno marcaram na vitória do Cruzeiro sobre o Cerro Porteño
Ramires e Marcelo Moreno marcaram na vitória do Cruzeiro sobre o Cerro Porteño
Foto: Jorge Saenz / AP

2006 - Violência no Pacaembu

Antes de o Corinthians vencer a Libertadores em 2012, uma derrota pesava duramente sobre seus torcedores. Foi o que aconteceu em 2006. Eliminado pelo River Plate nas oitavas de finao, a equipe paulista perdia por 3 a 1 no Pacaembu quando parte da torcida se revoltou e ameaçou invadir o gramado. Foi necessário que um grupo pequeno de policiais segurassem fechado um portão que dava acesso ao campo.

Policiamento tenta conter a torcida corintiana no Pacaembu
Policiamento tenta conter a torcida corintiana no Pacaembu
Foto: Mauricio Lima / AFP

2005 - Pancadaria na ida e na volta

A torcida do River Plate arranjou problemas nas duas partidas da semifinal de 2005 contra o São Paulo. No Morumbi, no triunfo tricolor por 2 a 0, os argentinos entraram em conflito com o policiamento, quebraram parte das cadeiras e chegaram a roubar um capacete da polícia. No Monumental de Nuñez, em que o São Paulo venceu por 3 a 2, os torcedores do time da casa jogaram pedras e outros objetos na torcida visitante.

Torcedores do River Plate promoveram destruição no Morumbi; um deles chegou a roubar capacete da polícia
Torcedores do River Plate promoveram destruição no Morumbi; um deles chegou a roubar capacete da polícia
Foto: Victor R. Caivano / AP
Torcedores do São Paulo deixam a arquibancada do Monumental de Nuñez sob uma chuva de pedradas
Torcedores do São Paulo deixam a arquibancada do Monumental de Nuñez sob uma chuva de pedradas
Foto: Ali Burafi / AFP

2004 - Carrinho de mão

Durante as oitavas de final da Libertadores de 2004, o São Caetano visitou o América no México e se classificou às quartas com um empate por 1 a 1. A torcida da casa não ficou satisfeita e transformou o jogo em uma batalha. O goleiro Silvio Luiz trocou golpes com um gandula e sobrou até um carrinho de mão arremessado contra os jogadores do time do nullABC Paulista.

Torcida do América do México arremessa grade no campo
Torcida do América do México arremessa grade no campo
Foto: Omar Torres / AFP
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Fonte: Terra
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