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Manchester City x Arsenal: final antecipada tem reencontros pela hegemonia na Premier League

Melhores times da Inglaterra nesta temporada são comandados por Pep Guardiola e Mikel Arteta, companheiros em Manchester até 2019; 'Gunners' buscam primeiro título inglês desde 2004

26 abr 2023 - 09h10
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Pelo segundo ano consecutivo, o Campeonato Inglês terá sua definição nas últimas rodadas. Além do Manchester City, atual campeão e dono das melhores marcas individuais e coletivas na temporada, outro clube busca retomar o protagonismo a nível nacional: o Arsenal, que não conquista a Premier League desde 2004 e tem a missão de parar Haaland e De Bruyne nesta quarta-feira, fora de casa.

A partida no Etihad Stadium será o terceiro encontro entre as equipes na temporada - duas vitórias do City até agora - e é uma final antecipada da Premier League. No momento, o Arsenal tem cinco pontos de vantagem na liderança, mas com duas partidas a mais. Caso vença os oito jogos até o final da competição, incluindo o clássico nesta quarta-feira, o City será campeão.

Cenário semelhante ocorreu na temporada 2018/2019 e em 2021/2022, quando em ambos os caos City e Liverpool disputaram o título até a última rodada e engataram enormes sequências de invencibilidade. Nas duas temporadas a equipe de Pep Guardiola se sobressaiu na reta final da competição, mas o Arsenal tenta quebrar essa sina.

Ambas as equipes só dependem de si para serem campeãs - por isso o vencedor nesta quarta-feira deve seguir rumo ao título. O Arsenal tem 75 pontos, enquanto o Manchester City possui 70, com duas partidas atrasadas diante do Brighton, fora de casa, em data a confirmar, e contra o West Ham, em Manchester, no dia 3 de maio.

Reformulação do Arsenal ligada ao City

Não é errado afirmar que o sucesso do Arsenal nesta temporada tem suas bases no Manchester City. Mikel Arteta, treinador desde 2019, é torcedor e encerrou sua carreira no clube londrino, mas começou sua formação como auxiliar de Guardiola. Desde então, conquistou uma Copa da Inglaterra, na temporada 2019/2020, mas ainda faltava demonstrar resultado na principal competição do país.

"Eu me lembro de quando estávamos juntos aqui (no Manchester City). Nós fazíamos muitos gols nos adversários, ele sempre pulava e comemorava, exceto contra um time. Contra um time, sempre que nós fazíamos um gol, eu pulava, voltava para o banco, e ele estava sentado lá. Era o Arsenal. Então, naquele momento, eu disse: 'Esse cara realmente gosta do Arsenal'", afirmou Guardiola em janeiro, quando afunilou a briga pelo título entre City e Arsenal.

Após desperdiçar a chance de se classificar à Champions League no último ano - foi ultrapassado pelo rival Tottenham nas últimas rodadas -, o Arsenal se reforçou em agosto, antes do início dessa temporada. Entre os nomes, dois jogadores essenciais para o sucesso do City nos últimos anos: Gabriel Jesus e Oleksander Zinchenko.

Ambos eram utilizados com frequência por Guardiola, mas não eram titulares absolutos. Zinchenko, lateral-esquerdo, foi reserva de João Cancelo na última temporada, enquanto Jesus ficava no banco enquanto Guardiola optava por uma formação sem um centroavante de ofício. Além disso, as contratações de Erling Haaland, artilheiro absoluto neste ano com 32 gols, e de Julián Álvarez fariam com que o brasileiro tivesse ainda menos oportunidades em campo.

"Eles foram incríveis para nós. Muitas vezes Zinchenko teve a chance de sair (do City), mas disse: 'Não, não, eu quero ficar, quero ficar'. O mesmo com Gabriel. Eles ficaram aqui por muitos anos e agora precisavam de um novo desafio", afirmou Guardiola. Somados, o Arsenal gastou 87,2 milhões de euros na dupla.

Outro brasileiro que se destaca é Gabriel Martinelli. Artilheiro do Arsenal na Premier League com 15 gols, ele se junta a Jesus e Gabriel Magalhães como destaques do País na Inglaterra. Além disso, convocado para a Copa do Mundo do Catar, o ponta-esquerda é cogitado como um dos cotados à titularidade da seleção no próximo ciclo para o Mundial de 2026.

O final de temporada pode definir as carreiras desses jovens talentos. Eliminados da Europa League, Copa da Inglaterra e Copa da Liga Inglesa, o Arsenal só terá um campeonato a disputar até o junho. É um fator para que a equipe resista à ameaça do City na ponta da tabela, apesar dos tropeços nos últimos jogos. O time não vence uma partida há 25 dias e empatou os últimos três confrontos no Campeonato Inglês: Liverpool, West Ham e Southampton.

Domínio do City na Inglaterra

O Manchester City dominou o futebol inglês na última década, com quatro títulos da Premier League. A partir de 2020, a história segue se repetindo: já são duas taças, na liga mais disputada do mundo, e segue na briga pela tríplice coroa nesta temporada (Campeonato Inglês, Copa da Inglaterra e Champions League).

Desde que foi comprado pelo fundo de investimentos do Emirados Árabes Unidos, em 2008, o City enfileira taças a nível nacional, sendo cinco destas a cobiçada Premier League. Caso vença o Arsenal e seus jogos restantes neste ano, conquistará pela terceira vez consecutiva a competição - algo que não acontece desde o rival United, entre 2008 e 2011.

O momento de virada, para que a equipe passasse a dominar o cenário foi com a chegada de Guardiola, em 2016. Antes do treinador, o City tinha conquistado seu último título de expressão em 2014; desde então chegou à final da Champions League, conquistou quatro Campeonatos Ingleses e quebrou múltiplos recordes na competição.

Para o City, pode pesar a reta final da temporada na final antecipada com o Arsenal. Além da disputa na Premier League, a equipe está nas semifinais da Champions - enfrenta o Real Madrid, seu último algoz na competição - e na decisão da Copa da Inglaterra contra o United.

Com um elenco curto, por opção de Guardiola, o time já se utilizou de diversas formações até este ponto na temporada. Mahrez começou o ano como titular, mas perdeu posição para Bernardo Silva; Foden, por lesão, cedeu espaço para Jack Grealish, comprado por 100 milhões de euros junto ao Aston Villa. Além disso, Guardiola optou por utilizar até quatro zagueiros em sua linha de defesa em meio a desfalques nas laterais - Walker sofreu com lesões e Cancelo, após desavenças com o elenco, foi emprestado ao Bayern de Munique.

Haaland

A única posição intocável por Guardiola neste ano é o ataque. Artilheiro do Manchester City, Erling Haaland transformou o futebol inglês e o ataque da equipe nesta temporada. Fez isso em seu primeiro ano no clube. Comprado por 60 milhões de euros (cerca de R$ 300 milhões à época), o norueguês é o artilheiro do futebol mundial neste ano. Ele é candidato à Bola de Ouro e ao prêmio de melhor jogador da Premier League.

Ao todo, o City já marcou 130 gols em todas as competições que disputa — Campeonato Inglês, Copa da Inglaterra, Copa da Liga Inglesa, Supercopa da Inglaterra e Liga dos Campeões. Destes, Haaland é responsável por 48 gols (37%) em apenas 42 jogos na temporada 2022/2023.

As marcas são ainda mais impressionantes no Campeonato Inglês. Haaland já acumula 32 gols em 28 jogos. Com oito partidas a serem disputadas, o norueguês precisa de apenas mais três tentos para superar a artilharia histórica da Premier League em uma temporada — Andy Cole, pelo Newcastle, em 1993/1994, e Alan Shearer, do Blackburn, no ano seguinte, lideram a estatística até o momento, com 34 gols. É a esperança do City para diminuir a vantagem do Arsenal na ponta da tabela.

Últimos confrontos entre City e Arsenal

Nos dois confrontos entre as equipes neste ano, o City saiu vitorioso. 3 a 1 pela Premier League e 1 a 0 na Copa da Inglaterra. O retrospecto recente dá ainda mais esperança aos Citizens: a última derrota para o Arsenal aconteceu em 2020, pela FA Cup. No Campeonato Inglês, o último triunfo dos Gunners foi no longínquo ano de 2015.

Números de City e Arsenal na Premier League

Arsenal

  • 75 pontos;
  • 32 jogos; 23 vitórias, 6 empates e 3 derrotas
  • 77 gols marcados e 34 sofridos
  • Artilheiros: Gabriel Martinelli (15), Bukayo Saka (13) e Martin Odegaard (12)

Manchester City

  • 70 pontos
  • 30 jogos; 22 vitórias, 4 empates e 4 derrotas
  • 78 gols marcados e 28 sofridos
  • Artilheiros: Haaland (32), Foden (9) e Julián Álvarez (7)
Estadão
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