Lucas Lima rompe com agente e anima Santos por permanência
O presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, externou nesta terça-feira, em evento na Vila Belmiro, que o meia Lucas Lima rompeu com o seu empresário, Edson Khodor. A decisão do jogador animou ainda mais a cúpula diretiva do clube, que acredita que conseguirá resistir ao assédio de outras equipes para mantê-lo, pelo menos, até dezembro, quando considera que necessitará fazer caixa.
“Não é certo que ele fique, mas acho que fica”, disse o mandatário. “Almocei hoje com o empresário dele, que me disse que está terminada a relação dele com o Lucas. Foi isso que nós conversamos”, completou.
A informação é considerada uma reviravolta no caso, já que o próprio Santos havia dado anuência formal, por meio de uma carta, para que o meio-campista negociasse sua ida para o Porto, de Portugal.
O pedido foi feito pelo estafe do jogador, que estava no país europeu para costurar um acordo com o clube. O jogador poderia, inclusive, viajar para conversar diretamente com os portugueses e acertar detalhes contratuais.
Khodor é representante direto do atleta, mas é Duprat, que responde pela Doyen Sports, fundo maltês detentor de 80% de seus direitos econômicos, o responsável por costurar toda a negociação com os portugueses.
“O Lucas nos disse que quer ficar e aí não há porcentagem que mude essa definição”, argumentou Modesto, antes de completar que, até dezembro, o Santos necessitará negociar ao menos um atleta. "Provavelmente, sim. Seria bom vender, o orçamento prevê uma venda de R$ 45 milhões ao ano. Eu acho que não chegaremos a isso, mas seria importante vender".
A negociação passou a ser menos lucrativa do que a oferta inicial de 3 milhões de euros (R$ 10,4 milhões) da Doyen por sua liberação com a compra direta de 10% de seus direitos econômicos, única fatia que o clube detém sobre o meio-campista.
Contratualmente, o Santos é obrigado a cobrir à vista qualquer proposta pelo jogador, mas com a crise não tem condições para isso. Ainda assim, se recebesse 1 milhão de euros (R$ 3,4 milhões), referente aos 10% dos 10 milhões de euros, acrescentado 20% sobre o lucro, não superaria o valor oferecido individualmente pelos investidores.
O clube fez a sua contraproposta aos investidores, pedindo 5 milhões de euros (R$ 17,4 milhões) para liberá-lo somente em dezembro, condição totalmente rechaçada pelos envolvidos.
Lucas Lima chegou a admitir publicamente que faz internamente consultas informais aos atacantes Robinho e Ricardo Oliveira, que acumulam longas passagens internacionais nas carreiras.