A voz do povo! Torcida pede apoio ao futebol feminino
Depois de quatro meses de preparação intensa, a Seleção Brasileira feminina de futebol entrou em campo no Estádio Olímpico, em Montreal, para enfrentar a Coreia do Sul, nesta terça-feira. Além de Marta e companhia, a equipe conta com centenas de brasileiros que foram prestigiar e apoiar na briga pelo inédito título da Copa do Mundo, que dessa vez é realizada no Canadá.
Os torcedores não se intimidaram com a chuva que caiu em solo canadense e fizeram questão de apoiar o grupo e a modalidade feminina. Entre eles está Beatriz Vacari, que levou um cartaz escrito: “força, Brasil! Mais apoio ao futebol feminino”.
"Eu acho que o futebol feminino é muito pouco valorizado. Falta investimento, mas também falta interesse por parte dos brasileiros", disse Beatriz. "Espero que essa Copa do Mundo ajude a melhorar as coisas no Brasil", completou.
Daniel Borba e Dim Michelle são namorados e vivem em Montreal há quatro meses. Eles também acreditam que a falta de interesse e investimento são os principais problemas do futebol feminino. "Eu joguei futebol quando era mais nova e sei das dificuldades que as meninas enfrentam. Estar aqui disputando uma Copa do Mundo não é fácil e deveria ser mais valorizado", falou Dim.
A tradição da amarelinha encanta mesmo quem não fala português. Kelly Mcinnis e Sam Sykora viajaram 500 quilômetros de Boston, nos Estados Unidos, até Montreal para prestigiar o time brasileiro. "É uma honra poder assistir um jogo de futebol feminino, ainda mais do Brasil, que é o melhor time", disse Kelly, que gostaria de ver um confronto entre Brasil e Estados Unidos.
Preparação
Antes da estreia, o técnico Vadão ressaltou que o Brasil está bem preparado para o torneio. "A verdade é que o Brasil desenvolveu pouco o futebol feminino e sofremos a consequência disso. Outros países evoluíram e nós ficamos para trás", disse. "Ainda assim, estamos bem preparados e temos a chance de fazer um grande Mundial".
Em clima descontraído, Marta, a camisa 10 e capitã do time, disse que a pressão faz parte da expectativa para a Copa. "Sempre existiu pressão. É algo com o qual já convivo há anos. A diferença agora é que sou capitã. Terei essa honra e vou tentar representar meu país da melhor maneira possível".