Torcida se reúne em padaria verde-amarela para apoiar Brasil
Para o segundo duelo na Copa do Mundo feminina de futebol, a torcida brasileira se concentrou na pâtisserie Padoca, localizada no Centro de Montreal. O local, que vende quitutes brasileiros – de brigadeiro a queijadinha -, organizou o aquecimento da torcida antes de ir ao Estádio Olímpico para o jogo contra a Espanha, às 17h (de Brasília). O Terra acompanha ao vivo minuto a minuto.
“Eu vi o primeiro jogo e acredito que o Brasil foi bem, mas não foi nada espetacular. O pior vai ser quando enfrentarmos seleções mais bem preparadas, como os Estados Unidos ou a Alemanha”, diz Miguel Soares, engenheiro civil que emigrou com a família para o Canadá. “O futebol não é só ter habilidade. É preciso investimento e organização. E infelizmente, a CBF não parece pensar dessa forma.”
Já Stella Furquim, a organizadora oficial da torcida da Seleção em Montreal, acredita que o apoio dos brasileiros é fundamental nesta etapa de classificação para a segunda fase do mundial. “O que importa é que estamos dando suporte às meninas do Brasil. Temos excelentes jogadoras. Precisamos apoiá-las", disse
Uma das donas da pâtisserie, Gabrielle Casara Pellin também acha que a torcida pode fazer a diferença. "Nosso papel é apoiar, né? Tomara que dê certo e o Brasil ganhe esse jogo e os outros que estão por vir", diz Gabrielle.
Preparação
A Espanha é a grande preocupação da Seleção Brasileira na fase de grupos. De acordo com o treinador Vadão, tudo indica que o jogo de hoje será um confronto difícil e equilibrado.
“A Espanha é um time muito veloz, que conta com uma rápida transferência entre setores por todo o campo, especialmente entre as pontas”, avalia Vadão, que não deverá mexer no time que começou o primeiro tempo contra a Coreia do Sul. “Nós temos flexibilidade no plano tático e também temos boas alternativas que podem ser usadas de acordo com as necessidades, o que nos traz uma confiança maior”.
Entre as opções do treinador está o posicionamento de Marta, que pode jogar tanto pelo meio quanto pelas pontas. Outra opção é recuar um pouco a atacante Andressa Alves dependendo da intensidade de marcação da equipe espanhola.
Durante a semana, a Espanha tratou o confronto com muito respeito pela Seleção Brasileira. “Jogar contra o Brasil é muito estimulante para nós como jogadoras profissionais”, disse a goleira Ainhoa Tirapu na entrevista coletiva na véspera da partida.
Já o treinador da equipe espanhola indicou que o segredo para parar o Brasil deverá ser a marcação individual. “Nós temos consciência de que o Brasil é um time muito experiente e cheio de qualidades, especialmente no que diz respeito aos talentos individuais”, diz o treinador Ignacio Quereda. “Devemos ter noção da grande qualidade e experiência do Brasil e fazer o nosso melhor dentro de campo.”