Maior promessa americana tem futebol no DNA e idolatra Kaká
Representante da 3ª geração de família que fez nome no futebol, Emerson Hyndman é apontado como craque do futuro dos EUA
Nascido no Texas, Emerson Hyndman foi apresentado ao mundo do futebol ainda na infância, por volta dos seis anos, incentivado pelo pai Tony Hyndman - jogador talentoso do esporte que teve a carreira encerrada após uma lesão – e pelo avô Schellas Hyndman – renomado treinador nos Estados Unidos. Com futebol no sangue, ele brilhou cedo, e aos 11 anos já atraía atenção de técnicos e da mídia. Como meio-campista do Mundial Sub-20 disputado na Nova Zelândia, foi escalado para todos os jogos da primeira fase e marcou dois gols pela equipe de um país que pretende cada vez mais se consolidar no futebol.
O mérito de suas conquistas ele oferece ao pai e avô. “Meu pai é parte do meu sucesso, me ajudou a crescer e vê parte dele em mim, ele quer que eu evolua”, contou em entrevista ao Terra o jogador de 18 anos.
Tony costumava passar horas treinando o filho, assistindo jogos e mostrando diferentes táticas a Emerson, além de apoiar a carreira no esporte, contou o atleta. O avô, na época treinador do time da Southern Methodist University, e mais tarde do FC Dallas, era outro convite para a profissão. No entanto, foi o talento o fator decisivo e aos 11 anos Emerson se destacou no campeonato Sub-14, jogando contra meninos de dois a três anos mais velhos.
Cerca de quatro anos depois, já com o pensamento se repetindo "futebol é minha vida", ele se viu fazendo as malas, deixando a família para trás e embarcando na primeira experiência internacional. Emerson foi convidado para fazer parte do juvenil Fulham Futebol Clube, em Londres. “Foi muito difícil ter que sair de casa aos 15 anos e morar longe da minha família. Eles me apoiaram por um lado, mas ficaram inseguros por outro”, contou. Hoje, ao olhar para trás ele tem certeza que tomou a decisão certa: “estou seguindo o caminho que eu quero, estou muito feliz”, acrescentou.
Dois anos depois, em 2013, a performance de Emerson foi reconhecida com seu primeiro contrato profissional para o Fulham, válido até 2016. Mas foi no último ano, em 2014, que ele teve um presente “inesquecível”: a convocação do treinador da seleção norte-americana, Jurgen Klinsmann, para jogar contra a República Checa. Em campo pelo time nacional, o jovem, 18 anos, agradou técnicos e torcedores. “Foi uma grande conquista, um sonho que eu tinha desde criança”, comentou sobre representar os Estados Unidos. Atual capitão da seleção norte-americana na Copa Sub-20, ele promete mais feitos nas próximas semanas.
“Estou com foco no presente, não sei o que será em 2018”
Emerson é fã do "técnico" e "cuidadoso" Kaká – como ele descreve - e se lembra de assistir aos jogos do brasileiro na Copa do Mundo de 2006, quando Kaká se destacou e foi eleito melhor jogador pela Fifa no ano seguinte. Apesar de a trajetória de Emerson abrir caminho para vestir a camisa norte-americana na próxima edição do campeonato de futebol mundial mais importante, em 2018, o jovem disse estar focado no presente. ““Estou aberto a tudo, mas agora estou dando o meu melhor aqui e estamos indo bem, melhorando a cada dia e ansiosos sobre o que podemos conquistar”, disse sobre o Mundial Sub-20
O técnico da equipe dos Estados Unidos, Tab Ramos, está satisfeito com o desempenho de Emerson. Mesmo antes do início dos jogos, ele deu declarações em entrevista coletiva sobre como o jogador era talentoso e colecionava habilidades. Os Estados Unidos terminaram a primeira fase do campeonato em segundo lugar no grupo A – com duas vitórias e uma derrota - e enfrentam a Colômbia nas oitavas, às 4h30 (de Brasília), em Wellington. “Daqui pra frente é um jogo de cada vez, a gente pode chegar lá”, concluiu Emerson.