O fracaso do Flamengo do monstro Sampaoli
Não vamos nos estender muito nos comentários sobre Jorge Sampaoli, pois o evidente e necessário sobre o nefasto personagem, sucessor do fenômeno Vitor Pereira, já foi dito. O fato é que o Flamengo entrou 2023 com oito títulos para conquistar - Taça GB, Estadual, Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana, Mundial, Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores - e oito meses depois da entrada do ano só tem um. Hoje - com a derrota de 3 a 1 para o Olimpia - a sétima possibilidade foi para o além. Não é preciso dizer mais nada. Mas a culpa não é só do argentino, mas da direção do clube, que contratou e manteve a sua tosca criatura para comandar o maior orçamento do Brasil. E das estrelas - à exceção de Bruno Henrique - que jogaram nada.
O Olimpia, previsão óbvia, dissolveu o ferrolho do Maracanã, disposto a desfazer sem tréguas a desvantagem. E deixou tanto espaço que tomou um gol aos oito minutos, de Bruno Henrique, após falta - cobrada por Arrascaeta - que surgiu de um dos contra-ataques velozes explorados pelo Flamengo. Mas o problema é que sair na frente, tão cedo, em uma partida dessas, não é suficiente para tranquilizar. Aos 12, o time paraguaio forçou jogo pela direita, e Ivan Torres surgiu, sem marcação, para igualar: 1 a 1. Curiosamente, a pressão não era intensa, e o Olimpia continuou a oferecer seu campo ao Rubro-Negro, que não aproveitava o convite, embora a equipe carioca tenha conseguido cadenciar o duelo. Com meia hora, a equipe carioca tirou proveito de erro adversário, e Gabriel marcou, mas estava em posição irregular.
Flamengo sem capricho
Na realidade, não era exatamente um bicho de sete cabeças surpreender os gringos, um tanto ansiosos, pelas circunstâncias, mas faltava capricho no último passe. É nesses momentos que entra o dedo do técnico, que o Flamengo não tem, pois Jorge Sampaoli é apenas um cidadão que caminha - como um animal impotente - para os lados dentro da jaula. Gérson, Éverton Ribeiro e Arrascaeta não eram efetivos, e Gabriel, apesar do esforço, não acertava o posicionamento. Bruno Henrique era um leão solitário e faminto em busca de quem pudesse saciá-lo. Dentro do quadro, e como não fez mais, e também não levou, o primeiro tempo foi apenas razoável para o Flamengo, dada a vantagem que o time manteve, no resultado agregado, é claro.
E veio o vexame do time de Sampaoli
Era de se esperar que o andarilho argentino percebesse o problema no intervalo. E que o Olimpia, que continuava tendo ótima oportunidade para obter a classificação, fizesse uma partida mais racional na etapa derradeira. Os times voltaram sem substituições. O Flamengo pareceu disposto a exercer marcação mais adiantada, o que poderia facilitar a troca de passes que levasse ao segundo gol. Mas o time não conseguia fazê-lo. Aos seis minutos, o árbitro colombiano Wilmar Roldan expulsou Sampaoli por ofensas. Vale lembrar que eles falam o mesmo idioma.
O jogo, como um todo, não fluía, e caminhava muito lentamente para uma indefinição que poderá provocar fortes emoções nos minutos finais. Não seria exagero afirmar, contudo, que a equipe brasileira poderia explorar melhor a sua maior habilidade. Restam 20 minutos regulamentares. Vitor Hugo está em campo. Mau presságio. E o Olimpia tem um punhado de atacantes, além de abusar de um recurso banal, as bolas levantadas na área.
Como o Flamengo demora a fazer, acaba levando, numa dessas, na cabeçada de Richard Ortiz, após escanteio, outro gol: 2 a 1 para os paraguaios. A partida passa a ser francamente favorável ao time da casa, que não desistirá de construir o resultado. A equipe visitante troca jogadores e já não vê a cor da bola. Aos 35, novo córner, e Facundo Bruera, em nova cabeçada, mete 3 a 1. Aos 46, Vitor Hugo marca, mas Gabriel estava impedido, e o gol é anulado.
Desnecessárias mais palavras sobre o fracasso anunciado desde as péssimas atuações e os resultados mentirosos anteriores. Fim de papo.
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