Padrinho de casamento e amizade de 10 anos: saiba como era relação de Dudu com investigado por golpe de R$ 18 milhões
Thiago Donda tinha uma amizade de uma década com o atacante do Verdão mas os dois não se falam mais após descoberta de golpe
Thiago Donda, investigado no processo que apura os R$ 18 milhões de prejuízo sofridos por Dudu, jogador do Palmeiras, devido a movimentações financeiras irregulares em suas contas bancárias, tinha uma amizade de mais de 10 anos com o atacante.
Ambos se conheceram quando Dudu ainda jogava no Cruzeiro, em 2011. De lá para cá, a amizade se fortaleceu ao longo dos anos, chegando ao ponto de Donda se tornar padrinho de casamento do jogador.
Thiago começou a prestar serviços para Dudu quando o jogador chegou ao Palmeiras, em 2015. A partir daquele ano, Thiago se tornou presença constante nos jogos do Verdão e até mesmo em eventos pessoais de Dudu.
Embora não fosse seu empresário oficialmente, Thiago Donda passou a receber uma parte das comissões, a pedido de Dudu em 2017, como forma de reconhecimento de suas contribuições ao jogador.
Além de padrinho, Thiago Donda, possui várias fotos na casa do jogador e em viagens com sua família. Todas essas fotos foram deletadas de suas redes sociais após Dudu descobrir uma dívida tributária e movimentações não autorizadas em sua conta de pessoa jurídica, aberta para receber seus direitos de imagem do Palmeiras.
Com a investigação avançada, o jogador contratou uma perícia que identificou o uso de assinaturas falsificadas para várias transações das quais ele não tinha conhecimento. Segundo informações do ge, a acusação de R$ 14 milhões foram transferidos para as contas de Thiago Donda e de sua empresa dessa maneira.
Os advogados de Dudu também suspeitam de que o ex-assessor teria utilizado quantias retiradas das contas do jogador sem seu consentimento para abrir a Nido Clínica de Estética Avançada e Medicina Esportiva.
Desde que Dudu descobriu o caso, eles deixaram de se seguir nas redes sociais. O inquérito está sendo conduzido pelo 15º Distrito Policial de São Paulo, e a polícia está aguardando a chegada de documentos para avançar nas investigações e convocar novas pessoas para prestar esclarecimentos.
Por meio de nota, a assessoria do Dudu disse que "o caso está sendo conduzido pela equipe jurídica do atleta, liderada por Adriana Cury e Cid Vieira. Os advogados já tomaram as medidas cabíveis junto às autoridades e confiam no trabalho da Justiça".
Entenda caso
O jogador do Palmeiras Dudu denunciou ter sido vítima de um golpe de R$ 18 milhões retirados de suas contas bancárias. O caso é investigado pelo 15º Distrito Policial de São Paulo, e a acusação envolve funcionários de um banco, de um cartório e também o ex-assessor e padrinho de casamento do atacante, Thiago Donda.
As informações foram reveladas pelo GE na quinta-feira, 1º, e os advogados de Dudu registraram um boletim de ocorrência pedindo que a polícia abra um inquérito. Agora, a Polícia Civil irá investigar um suposto envolvimento de Donda, considerado ex-braço-direito de Dudu.
A quantia foi movimentada sem que o jogador soubesse ao longo dos últimos anos, por meio de transações com assinaturas falsas. Dudu recebia nas contas em questão os pagamentos por direitos de imagem do Palmeiras. A quantia corresponde a até 40% do salário de um atleta.
Thiago era assessor de Dudu, e por ser uma pessoa de confiança do jogador, tinha acesso às contas bancárias, se anuência dele, mas autorizado por funcionários do banco. De acordo com o GE, Donda teria feito transferências para terceiros com assinaturas falsas, compensação de cheques, empréstimos, venda de títulos de capitalização, PIX e TED, tudo sem o conhecimento da vítima.
O Terra entrou em contato com a assessoria de Dudu, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.
Em nota, a Polícia Civil confirmou que o caso é investigado pelo 15º Distrito Policial (Itaim Bibi). A polícia trabalha com a coleta de provas e realiza demais diligências para esclarecer os fatos. O inquérito policial foi iniciado por meio de requerimento do procurador da vítima.