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Jogos da Copa podem ser abandonados em caso de discriminação

De acordo com a secretária-geral Fatma Samoura, a entidade pretende garantir 'ambiente livre de discriminação' na Rússia

7 jun 2018 - 20h10
(atualizado às 20h36)
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A Fifa reiterou que os árbitros terão o poder de abandonar partidas na Copa do Mundo que acontece neste mês e no próximo na Rússia em caso de atos persistentes de discriminação por parte da torcida.

A Rússia prometeu combater o racismo em um momento em que o país enfrenta um escrutínio crescente antes e durante o torneio que abrigará entre os dias 14 de junho e 15 de julho em 11 cidades, incluindo Moscou, São Petersburgo e Sochi.

Mas ainda há preocupação em relação aos casos de discriminação. O jogador da seleção da Inglaterra, Danny Rose, disse na quarta-feira (6) que pediu à família para não comparecer ao Mundial . Ele teme que os familiares sejam alvos de abusos racistas.

Inglês Danny Rose pediu que a família não vá à Copa para evitar ataques racistas
Inglês Danny Rose pediu que a família não vá à Copa para evitar ataques racistas
Foto: Jason Cairnduff / Reuters

Livre de discriminação

A secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura, disse que a entidade que comanda o futebol mundial leva a discriminação muito a sério.

"Além de medidas educacionais... temos sistemas funcionando para reagir e punir atos discriminatórios, assim como medidas para garantir um ambiente livre de discriminação na Copa do Mundo da Fifa", disse ela em um comunicado divulgado pela entidade nesta quinta-feira (7).

A Fifa disse que, pela primeira vez nos 88 anos de história do torneio, haverá um sistema de monitoramento anti-discriminação em cada partida.

Uma equipe de três observadores da rede anti-discriminação Fare observará o comportamento de torcedores neutros e das duas seleções.

Placa com logo da Copa do Mundo da Rússia perto do Kremlin, em Moscou 
29/11/2017
REUTERS/Sergei Karpukhin
Placa com logo da Copa do Mundo da Rússia perto do Kremlin, em Moscou 29/11/2017 REUTERS/Sergei Karpukhin
Foto: Reuters

"Esses observadores entendem o idioma e são treinados nas especificidades da cultura de cada torcida", afirma o comunicado.

A Fifa disse que os árbitros também intervirão sob o chamado procedimento de três passos.

Os árbitros terão autoridade para primeiro parar o jogo e pedir ao sistema de som que peça o fim do comportamento discriminatório. Eles poderão então suspender a partida se o comportamento continuar e, posteriormente, abandoná-lo.

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